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Atleta da luta e técnico de Sarafian e Patolino sonha com o Rio 2016


Muitos atletas, principalmente os de alto rendimento, afirmam que o esporte vicia. Prova disso é que alguns deles tentam se aventurar em novas modalidades em busca de mais desafios, adrenalina, oportunidades ou conquistas. E é exatamente isso que aconteceu na vida de Pedro Rocha. Aos 20 anos, ele já praticou diversos esportes. O início de tudo foi bem cedo, com apenas três anos, no jiu-jítsu, ao lado de seu irmão João Gabriel. Depois, ele fez natação, polo aquático, judô e acabou na luta olímpica estilo livre, onde agora aposta todas as suas fichas. O carioca ainda faz uma pontinha no MMA. Ele treina o wrestling de nomes como William Patolino (peso meio-médio) e Daniel Sarafian (peso médio), ambos com contrato com o UFC e ex-participantes do reality show "The Ultimate Fighter", o TUF.

Tudo começou quando sua mãe decidiu matricular ele e o irmão no judô. O que ela não sabia é que havia inscrito os filhos na aula de jiu-jítsu por engano. Assim que descobriram, os pais quiseram tirar os filhos da modalidade, que era "esporte de playboy", segundo Pedro. Mas o pai, Adilson, acabou gostando e os deixou na modalidade, o que rendeu frutos. Mesmo com apenas 10% de audição em um dos ouvidos, João Gabriel se desenvolveu tanto que chegou a ser campeão mundial faixa preta e campeão brasileiro em 2013. Além disso, venceu os torneios nacionais em todas as faixas.

- Meu irmão era muito bobão no colégio, e eu mordia todo mundo, brigava muito. Ele era meio lerdão e não escutava bem de um ouvido. Eu precisava de disciplina. Foi o jiu-jítsu que nos deu o que precisávamos. Ainda treinei judô no Instituto Reação (do ex-judoca Flávio Canto) também. Fiz natação e acabei pulando naturalmente para o polo aquático (com 13 anos), que me deu agressividade para a luta. No polo, a porrada come. Você sai na porrada e volta para marcar. Acontece bastante do cara lá fora (no exterior) sair do polo e ir para a luta. Eu me encontrei na luta olímpica. Depois do Brasileiro, vou para o Canadá treinar o Daniel Sarafian no wrestling para o UFC - relatou.

Apostando as fichas na luta olímpica estilo livre, onde disputa a categoria 86kg, Pedro conta que ficou interessado pela história da modalidade. Além disso, apesar de treinar lutadores do UFC, ele descarta migrar para o MMA. Seu objetivo está traçado: estar nos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, sua terra natal, em 2016. Como tem apenas 20 anos, projeta conquistar uma medalha nas Olimpíadas de 2020, em Tóquio, no Japão.

- Eu sempre gostei de competir. Par ou ímpar eu não gosto de perder. Nunca sonhei ser campeão mundial de jiu-jítsu, mas queria ir para as Olimpíadas. Esse é meu maior objetivo. Durmo e acordo pensando nisso. Acabou que eu me achei. Foi nessa história de gladiador, antiga, dos caras que dão a vida por aquilo ali. Mesmo se ficar fora dos Jogos, não penso em ir para o MMA. Sou muito jovem, é meu primeiro ano de sênior e tenho 2016 e 2020 na cabeça. Mas treinar com os caras do MMA me dá uma experiência imensa. É um nervosismo porque são dois meses e meio de treino você convivendo todos os dia com eles naquele time, com um evento como foco - contou o jovem, que começou a treinar em sua modalidade aos 16 anos e, logo de cara, ficou em terceiro lugar em um Campeonato Pan-Americano.

IMPORTÂNCIA DO PAI D EDO IRMÃO 

Apesar de não ter seguido os passos do irmão, que optou por se dedicar ao jiu-jítsu, Pedro fala com muito carinho de João Gabriel, definido por ele como um "cara super pra cima". O lutador de jiu-jítsu está encarando a maior batalha de sua vida no momento: o câncer nos testículos que se espalhou para os pulmões. Como ele não pode lutar, o jovem de 20 anos diz que "luta pelo irmão". E a figura do pai, Adilson, também foi de extrema relevância para que ele pudesse chegar onde está. Aliás, foi a influência dele que fez Pedro descobrir a luta olímpica. 

- Meu pai é meio obcecado com negócio de treino. Ele sempre levou a gente para treinar. Todo mundo sabe quem ele é, "é o coroa, careca, pai do João e do Pedro, que vai em tudo". Ele sempre buscou tudo para a gente melhorar. Meu irmão era ruim em pé. Ele pesquisou e o colocou no wrestling para melhorar. Eu acabei indo um dia e fui treinar na Delfim. Foi quando comecei. Hoje em dia meu pai ama isso. Ele assiste ao UFC, todos os eventos, não perde um, e não falta nenhuma luta minha. Ele respira isso - concluiu.


Foto: Arquivo Pessoal
Fonte: Globoesporte.com

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