A ex-chefe da comissão antidoping da Jamaica afirmou que a organização nunca realizou um teste de sangue e que a falta de pessoal da comissão ameaça estragar a acusação de trapaça de atletas como Asafa Powell e Sherone Simpson, que têm audiências marcadas no prazo de três meses. Renee Anne Shirley foi diretora executiva da comissão de julho de 2012 até fevereiro deste ano e já iniciou uma investigação no programa antidoping da Jamaica pela Agência Mundial Antidoping seguindo sua revelação em um artigo de revista de que a comissão jamaicana só executou um teste fora de competição em cinco meses para as Olimpíadas de Londres.
Em resposta direta à alegação de Renee Anne Shirley, a Agência Mundial Antidoping revelou na segunda-feira que visitaria a ilha caribenha em janeiro para realizar um "balanço extraordinário" das atividades da comissão jamaicana.
Agora, em entrevista ao britânico "Telegraph", Shirley acrescentou às suas críticas a reivindicação de que os kits de teste de sangue que foram entregues durante seu mandato na comissão jamaicana nunca foram usados. Ela diz que os atletas jamaicanos estão sujeitos apenas a testes de urina pela comissão da Jamaica, embora testes de sangue sejam o único caminho para detectar a presença de hormônio de crescimento, uma substância que daria vantagem particular a velocistas.
"Por que eles não começaram a fazer testes de sangue e a procurar por esses hormônios?" - perguntou Shirley.
"Eu sei que 30 kits foram comprados. Pelo meu conhecimento, oito meses depois, não sei se a Jamaica começou a fazer testes de sangue" - disse ela.
Fonte: Globoesporte.com
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