O campo de golfe pode ser um grande problema para a organização dos Jogos Olímpicos de 2016. Visando impedir a continuidade das obras, iniciadas há seis meses, a ONG carioca Sociedade do Bem entrou com ação civil na 8ª Vara de Fazenda Pública pedindo a paralisação das construções. O local escolhido para receber o equipamento olímpico é uma área de reserva ambiental, na beira da Lagoa de Marapendi, na Barra da Tijuca. A informação foi divulgada nesta quinta-feira no jornal "O Globo".
Representando a ONG, o advogado Jean Carlos Novaes alega que houve um desrespeito ao artigo 15 da Lei da Mata Atlântica (11.428/06), que determina a elaboração de estudos "na hipótese de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação ao meio ambiente". O campo de golfe, orçado em R$ 60 milhões pelo prefeito Eduardo Paes, está sendo construído pela Flori Empreendimentos Imobiliários Ltda.
"Tenho pedido uma série de documentos sobre o assunto e nunca tive resposta. Talvez a construção do campo de golfe na restinga de Marapendi se constitua em um dos maiores crimes ambientais já praticados no Rio" - afirmou o advogado, ao jornal "O Globo".
Quem também faz restrições ao campo de golfe do Marapendi é o coordenador da Câmara Técnica de Unidades de Conservação do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Consemac), Gustavo de Paula. Segundo Gustavo, a região abriga duas espécies ameaçadas de extinção, em análise feita pelo Ibama. São elas o lagartinho-da-areia e a borboleta-da-praia.
A Empresa Olímpica Municipal se defendeu informando que o campo de golfe está devidamente aprovado e licenciado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Segundo o secretário Carlos Alberto Muniz, a execução da obra está respaldada em uma decisão da Câmara dos Vereadores, em dezembro do ano passado, quando foi aprovado o uso do solo da região.
Fonte: Globoesporte.com
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