O licenciamento das marcas dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro deve gerar pelo menos R$ 1 bilhão em receita, segundo o Comitê Rio 2016, organizador do evento esportivo.
“Trabalhamos com um número mínimo de R$ 1 bilhão em vendas. Dessa receita, uma parte do lucro fica com as empresas e outra parte vai para o comitê organizador, com o objetivo de gerar recursos para a organização”, afirmou a diretora de licenciamento da Rio 2016, Sylmara Multini.
Faltando três anos para jogos, alguns acordos de licenciamentos de produtos já foram firmados. Até o momento, nove empresas já fecharam o uso da marca para diversos produtos, como pins (broches) e moedas. “Temos a expectativa de fechar com mais de 20 empresas até o fim do ano. Aí divulgaremos os nomes das empresas parceiras”, disse Sylmara.
A organização da Rio 2016 planeja fechar contratos de licenciamento com 60 empresas até a realização do evento esportivo. “Identificamos categorias que poderiam ser interessantes para as Olimpíadas e abrimos concorrência. Os lançamentos serão planejados para que o valor das marcas dos Jogos atinja o auge em 2016”, completou a diretora da área do comitê olímpico. As empresas poderão explorar as marcas dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, Rio 2016, do Time Brasil, dos pictogramas e dos mascotes.
No lançamento do projeto de licenciamento, em fevereiro de 2012, mais de 150 empresas de setores variados demonstraram interesse, mas o comitê trabalha com a hipótese de fechar contratos meses antes da realização dos jogos, como ocorre na maioria dos países que sediam o evento.
Para a diretora do comitê, o licenciamento é uma grande oportunidade de envolver mais o público brasileiro com os jogos. Ter as logos olímpicas de 2016 em uma extensa linha de produtos cria uma empatia maior com o evento, e deve gerar retorno financeiro.
Segundo uma pesquisa da consultoria de marketing Nielsen Sports, o Brasil apresenta um grande potencial para o mercado de licenciamento. O estudo mostra que o mercado consumidor brasileiro tem o maior percentual de interesse em produtos com marcas ligadas aos grandes eventos esportivos, em comparação a outros noves países, entre eles Reino Unido e China, onde ocorreram as duas últimas edições dos jogos olímpicos. O Brasil apresentou 87% de tendência de utilização das marcas, seguido por Índia (79%), China (68%) e Rússia (56%). Os menores índices foram registrado na Alemanha e no Reino Unido, com 26% e 32%, respectivamente.
Para aproveitar esse potencial, o comitê Rio 2016 pretende abrir 6 mil pontos de vendas, além de 150 lojas oficiais espalhadas por aeroportos, shoppings, na própria vila olímpica, além de uma megaloja na praia de Copacabana, no Rio, e em outras instalações dos jogos.
Uma das empresas já selecionadas, a Malwee, empresa que atua desde 1968 no ramo de confecção e vestuário, terá o licenciamento desse setor. A catarinense encara com otimismo o futuro da marca após essa parceria com a Rio 2016. “O licenciamento para a Olimpíada do Rio está sendo interpretado como uma ação extremamente importante para a Malwee. Temos orgulho de ser 100% brasileira e por isso mesmo não poderíamos ficar de fora desse evento tão importante para o Brasil”, disse Guilherme Weege, presidente da Malwee.
Fonte: iG
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