Foto: AFP
A semifinal da Copa das Confederações reservou o jogo mais emocionante da seleção brasileira nos últimos tempos. Uma vitória apertada com direito a pênalti defendido e gol no final.
O Brasil começou o jogo pressionando a seleção uruguaia na marcação, no entanto, a tática, utilizada também nos jogos anteriores, não surtiu efeito, resultando no pior início de jogo brasileiro na competição. Aos 14 minutos de jogo Forlán cobrou escanteio e David Luiz cometeu pênalti infantil em Lugano, puxando o zagueiro uruguaio pela camisa. Forlán cobrou no canto baixo direito e Júlio César fez uma grande defesa.
O pênalti perdido fez o Brasil crescer na partida, mas a equipe uruguaia estava bastante fechada no campo defensivo e não dava espaços. Foi então que Neymar apareceu novamente de maneira decisiva, rolando a bola para Paulinho próximo ao meio de campo e infiltrando na zaga para receber ótimo lançamento do volante, Muslera conseguiu evitar o gol no primeiro lance, mas Fred utilizou seu instinto matador para empurrar (mesmo que de forma desajeitada) a bola para o gol.
A vantagem durou apenas até o início do segundo tempo, quando, após bate e rebate na área brasileira, Thiago Silva tentou sair tocando a bola e a entregou nos pés de Cavani, que chutou cruzado para empatar o jogo.
O gol deixou a equipe brasileira e a torcida tensa. O tempo passava e a prorrogação parecia uma certeza. Eis que entrou em jogo a genialidade de Felipão, que surpreendeu a todos colocando Bernard em campo no lugar de Hulk e incendiando a torcida (principalmente do Atlético) no Mineirão. A torcida empurrou a seleção para uma pressão final, que teve fim em escanteio de Neymar e cabeçada do decisivo Paulinho, 2x1 no placar em lance que lembra muito seu gol contra o Vasco na Libertadores de 2012. O estádio pegou fogo, o Brasil ficou mais leve e conseguiu resistir a uma pressão final do Uruguai, que se superava apesar de ser tecnicamente inferior, realizando sua melhor partida na competição.
A vaga na final é um objetivo cumprido para o Brasil na Copa das Confederações, o que não quer dizer que a seleção entrará em campo para a final sem vontade de vencer, mas o grande perigo seria perder para seleções medianas, o que já não acontecerá mais, independente do vencedor da semifinal entre Espanha e Itália, que jogam amanhã em Fortaleza.
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