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Surto Entrevista - Pâmella Oliveira







A Triatleta Pâmella Oliveira quase conseguiu um grande feito em Londres. ficou boa parte da prova entre as líderes da competição de Triatlo, mas um queda lhe tirou a chance de fazer um resultado melhor do que o 11º lugar de Sandra Soldan em Sidney 2000.A nadadora que resolveu virar triatleta há seis anos atrás, que já tinha mostrado uma garra e uma fibra impressionante já em 2011, quando conquistou a medalha de bronze no Pan de Guadalajara, conversou com a gente sobre a sua curta e já vitoriosa carreira, e suas expectativas para os próximos jogos olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Confira:


- Você era nadadora até 2007 e chegou até tentar vaga para o Pan-americano do Rio . Como surgiu o convite para praticar Triatlo? E porque você optou por mudar de esporte?

Conheci os meninos que faziam parte do Centro de Treinamento nacional de Triatlo que funcionava em minha cidade, eles treinavam a natação na piscina onde eu treinava e daí passei a ouvir as histórias e conhecer o esporte. Na altura, andava um pouco desanimada com a natação e sem dar resultados que eu desejava. Daí com o tempo resolvi que iria arriscar no triatlo, já estava encantada com o esporte.

- O biotipo de uma triatleta é parecido com um de uma maratonista(pouca massa muscular) e você tem o biotipo de uma nadadora(boa massa muscular). O quanto isso chega a ser uma dificuldade para você?

Aos poucos estou mudando meu corpo, mas preciso ter uma atenção especial com a alimentação. Preciso me dedicar bastante pra ficar mais leve, porque também sou pesada,tenho muita massa muscular. 

- Você atingiu bons resultados rapidamente e se tornou um das principais triatletas do Brasill. A que você deve essa adaptação?

Bom,não sei se foi tão rápido assim. Nos primeiros dois anos eu praticamente tive uma lesão atrás da outra, e quando estava bem, sempre era ultrapassada por todas na corrida. Depois que vim pra Portugal, ainda tive um ano em que ia bem até o ciclismo, mas na corrida ainda era ultrapassada por muitas. Até que com uma dieta especial para perder peso, muita atenção com os treinos de corrida com muitos educativos e sempre acompanhada do Sérgio (Sérgio Santos, considerado um dos melhores técnicos do mundo no Triatlo), consegui correr melhor e fazer o que faltava na prova, o final. A partir daí meus resultados melhoraram muito, já que sempre saía no grupo da frente na natação, me mantinha no ciclismo mas não conseguia finalizar com uma boa corrida. Nunca deixei de trabalhar firme. Sabia que poderia dar mais e fui atrás de melhorar, nunca aceitei aqueles resultados ruins (Na corrida).

-Você, quando conquistou o bronze no pan de Guadalajara, desabou após a linha de chegada. Aquela foi uma das provas mais difíceis que você já teve ou teve em condições piores?

Aquela prova tinha condições especiais por ser muito quente. E naquela altura ainda não estava a correr como agora. Acredito que a vontade de ganhar aquela medalha foi maior que minhas condições. Fiz uma natação muito forte pra aguentar a esteira da americana nadadora, depois no ciclismo ainda tive que tomar muito cuidado porque eram duas americanas, contra mim,tentando me fazer descolar. Depois na corrida, me mantive o tempo todo em segundo, mas vinha gente forte de trás e eu não queria perder aquele pódio que já estava tão perto. Perdi uma posição para a chilena, e cheguei mesmo sem nada mais a dar,estava esgotada.


- Em sua primeira Olimpíada em Londres, você fazia ótima prova entre as líderes quando sofreu um queda muito forte no ciclismo, mas mesmo assim continuou e terminou em 30º lugar. Como foi digerir esse resultado depois, sabendo que você poderia ter conseguido muito mais do que isso?

Claro que num primeiro momento lamentei o ocorrido por saber que estava preparada pra fazer uma grande prova. Mas depois fiquei satisfeita por ter dado o melhor de mim naquele dia. Ainda consegui correr dentro do meu melhor tempo, e isso mostrou que não desisti da prova e que poderia ter corrido muito melhor se tivesse sido diferente. Agora sei que posso e estou disposta a fazer tudo de novo e ainda mais pra me sair melhor em 2016.

- Como será sua preparação para o ciclo olímpico Londres/Rio?Quais serão os principais eventos?

Por agora vou fazer muitas provas do circuito mundial WTS (World Triathlon Series) para que quando abrir o ranking olímpico  eu já esteja bem posicionada no ranking mundial e assim escolher as provas pra pontuar bem neste ranking.
 
- Claro que ainda falta muito, mas Quais suas expectativas para os jogos do Rio em 2016?

O objetivo é chegar em condições de fazer tudo no grupo da frente...e quando sair pra correr, ter condições de ficar o maior tempo possível na briga com as melhores.

- Gostaria que deixasse um recado para os leitores do Surto Olímpico.

Conto com a torcida de vocês para 2016. Grande abraço!



Fotos: UOL, Site oficial de Pâmella Oliveira ( http://www.pamellaoliveira.com.br/ )

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