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Antigo patrocinador teria negado oferta de R$ 10 milhões de Armstrong






O serviço nacional de correios dos Estados Unidos recusou uma oferta feita por Lance Armstrong. Patrocinador da equipe pela qual o ciclista competiu entre 1999 e 2004 com um contrato que abolia doping, o órgão recebeu uma proposta de pagamento de mais de $5 milhões (mais de R$ 10 milhões) como compensação pelos danos à imagem da entidade, que investiu mais de $30 milhões (R$ 60 milhões) no time de ciclistas no passado. As informações são da rede americana CBS. Armstrong também teria se oferecido a testemunhar na investigação federal que deve ser aberta, já que a instituição conta com dinheiro público. De acordo com fontes da CBS, o Departamento de Justiça considerou ambas as ofertas inadequadas.

Segundo fontes do jornal “The New York Times”, Armstrong não apenas admitiu ter se dopado durante sua carreira, como também acusou nomes do alto escalão do esporte e donos de equipes que acobertaram todo o esquema. A intenção é, com a delação, tentar uma redução da pena dada pela União Ciclística Internacional (UCI), que o baniu do esporte.

A conversa com a apresentadora americana foi gravada em Austin, no Texas, nesta segunda-feira e será exibida na noite de quinta. Nela, Armstrong negou ter incentivado outros companheiros a se dopar, dizendo que apenas fazia o mesmo que os demais. Ainda durante a gravação, ele teria revelado conversas com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para testemunhar contra dirigentes da UCI. Ex-colega de equipe do ciclista, Floyd Landis, alegou publicamente que o ciclista lesou o país, já que a equipe pela qual ele competia era patrocinada pelo serviço nacional de correios.

De acordo com o “NY Times”, Armstrong teria decidido revelar publicamente o esquema após um encontro com membros da Agência Antidoping Americana, incluindo o executivo chefe, Travis Tygart. Nesta conversa, Tygart teria se mostrado inclinado a rever o banimento do ciclista caso nomes de peso relacionados ao caso fossem expostos. A lista de possíveis alvos conta com Pat McQuaid, atual presidente da UCI, e Hein Verbrugen, que esteve no comando da entidade entre 1991 e 2005 e é membro honorário do Comitê Olímpico Internacional (COI). Sem chance de reaver seus títulos da Volta da França, conquistados entre 1999 e 2005, Armstrong deseja competir em provas de triatlo e corrida. Como vários destes eventos são regidos por organizações que seguem o código da Wada, segundo o qual ele está banido pelo resto da vida, sua participação está inviabilizada no momento.

Lance Armstrong se defendeu das acusações de doping por quase uma década. O dossiê que determinou a punição do americano foi formado a partir dos depoimentos de 26 pessoas que tiveram contato com o ex-ciclista na época, além de exames laboratoriais, e-mails e relatórios. Além de perder os sete títulos da Volta da França, o americano também pode ter sua medalha de bronze nas Olimpíadas de Sydney 2000 retirada, além de outros títulos conquistados no período em questão. Fora do esporte, Armstrong perdeu oito patrocínios nos últimos meses e deixou a presidência da fundação Livestrong, criada por ele mesmo em combate ao câncer.

Fonte: Globoesporte.com

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