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O bilhão de 2016 que precisa continuar nos outros ciclos




A notícia da semana no âmbito do esporte brasileiro e que vem sendo discutido por muita gente é a do plano Brasil Medalhas 2016. O projeto foi lançado pela presidenta Dilma Rousseff juntamente com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo e os presidentes dos comitês paralímpico e olímpico. O que chamou a atenção é o valor do projeto: será investido pelo governo R$ 1 bilhão de reais para atletas, técnicos, e em centros de treinamento de ponta.

Vendo "de longe", essa é uma boa medida. Afinal, o objetivo desse plano é evitar ver o Brasil ter um fraco desempenho diante dos olhares dos torcedores brasileiros no Rio de Janeiro. Esse dinheiro sendo bem investido, em atletas com potencial de fazer bonito no Rio e em bons treinadores, com certeza faria muito bem a nossa delegação. Esse é um ponto positivo deste projeto de Dilma e Aldo.

O que não é positivo é ver que esse dinheiro só foi posto agora, bem perto da edição da qual sediaremos a Olimpíada. Ficou com aquela cara de projeto "paliativo", na qual só resolveriam os problemas temporariamente, sem pensar no futuro. Esse bilhão de reais já deveria ter sido investido por Dilma, ou mesmo pelo ex-presidente Lula, antes ou pouco depois de Pequim-2008. E claro, pensando não só nos atletas de ponta, de elite, mas principalmente pensando nos atletas da base, que são o futuro do desporto olímpico e paralímpico no Brasil.


Essa máquina criada visando 2016 precisa permanecer para as próximas edições dos Jogos, e corrigir o erro que foi o da falta de investimento anteriormente. O investimento não pode ficar apenas no paliativo de salvar o país de um possível desastre no Rio de Janeiro. Tem de ser visando as futuras edições dos Jogos, dando um suporte para os jovens atletas de hoje. Mão-de-obra é o que não falta, sendo necessário apenas lapidar os novos atletas e peneirar os melhores, e dando suporte aos que não foram bem sucedidos a encontrar caminho em outras profissões ou em outros esportes mesmo.

Por enquanto, o que vemos e o que parece ser o esperado, é o investimento maciço apenas para a edição olímpica do Rio de Janeiro, infelizmente. Mas, só de existir um plano que investe no esporte brasileiro, que desde sempre careceu de ajuda estatal, é um passo à frente. Que Dilma e a equipe do ministério do Esporte deem prosseguimento no projeto, fazendo-o virar também um Brasil Medalhas 2020, 2024, 2028. A confiança está depositada, é esperar para que esta não seja traída.

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