O belga Philippe Gilbert confirma a recuperação da boa fase
com a conquista do ouro no Mundial de Ciclismo de Estrada na Holanda. O atleta
da equipe BMC, que teve dificuldades durante o Tour de France, se recuperou nos
Jogos Olímpicos de Londres e na Vuelta España desse ano, e no final, conquista
o merecido título, sendo o dominante contra adversários de peso.
Logo no começo da etapa, alguns ciclistas simplesmente atacaram como se fosse o
final da prova, se distanciando do pelotão, que era controlado pela equipe
belga, capitaneada por Gilbert. Na fuga, estavam: Jerome Coppel (França),
Timothy Duggan e Alex Howes (EUA), Vladmir Isaitschev (Rússia), Dario Cataldo
(Itália), Luka Mezgec (Eslovênia), Gatis Smukulis (Letônia), Tanel Kangert
(Estônia), Pablo Lastras (Espanha), Winner Anacona (Colômbia), Fabricio Ferrari
(Uruguai) e Vitaly Buts (Ucrânia). Todos esses ciclistas abriram uma vantagem
de aproximadamente 5 minutos para o pelotão.
Faltando 125 km
para a chegada, o espanhol Juan-Antonio Flecha puxou um novo grupo para
perseguir a fuga, composto por Stephen Cummings (Reino Unido), Rinaldo
Nocentini (Itália), Gianni Meersman (Bélgica), Maxime Bouet (França), Michael
Matthews (Austrália), Michael Schär (Suíça), Fumiyki Beppu (Japão e Jacob
Fuglsang (Dinamarca).
Faltando 80 km
para a chegada, um novo grupo de ciclistas foi para o ataque, liderados por
Koen de Kort (Holanda). Nesse grupo, seguiram: Robert Gesink (Holanda), Thomas
Voeckler (França), Bjorn Leukemans (Belgica) e Alberto Contador (Espanha). Vale
detalhar que, apesar da prova contar com trechos de subida, o final da etapa em
si não era com montanha ou no alto, o que não tornava Contador um dos favoritos
ao título. Tanto, que ele atuou hoje como um gregário na equipe espanhola.
Uma queda provocou uma quebra no pelotão, com pequenas consequências. O maior
prejudicado foi o dinamarquês Niki Terpstra, que ficou dois minutos atrás do
grupo dos líderes. Essa mesma queda fez com que aqueles que sobreviveram (cerca
de 70 ciclistas) acelerassem para o sprint final, uma vez que faltavam 32 km para a chegada.
Com 25 km
para o fim, Andrew Talansky (EUA) e Ian Stannard (Reino Unido) tentaram mais
uma fuga, que não durou muito tempo. Enquanto isso, a equipe belga seguia com o
seu trabalho impecável de proteger Gilbert para o seu sprint final, mantendo
pelo menos dois de seus atletas no grupo dos 30 primeiros no trecho final da
prova (Tom Boonen e Jurgen Roelandts).
No final, o espanhol Samuel Sanchéz ainda tentou uma última fuga antes dos
quilômetros finais, mas foi neutralizado pela equipe alemã, que protegia o seu
sprinter, John Degenkolb. Por fim, nos últimos metros, prevaleceram no sprint
final Gilbert, que fez o seu ataque final e definitivo, sem dar chances para os
seus adversários, conquistando de forma absoluta o ouro. Fracassaram na
tentativa de neutralizá-lo o norueguês Edvald Boasson Hagen, que ficou com a
medalha de prata, e o espanhol Alejandro Valverde, que conquistou o bronze.
Com informações do site oficial do Mundial de Ciclismo de Estrada
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