Na última semana foram realizados os confrontos válidos pelas semifinais
da Copa Davis. No saibro de Gijón, na Espanha, os donos da casa
enfrentaram o surpreendente time dos Estados Unidos, que apesar de ser
uma boa equipe, estava longe de ser favorito contra a Suíça (com Roger
Federer) e a Espanha também no saibro, mas passou de fase com inspiradas
atuações do grandalhão John Isner. Porém, mesmo sem Nadal, a Espanha é
muito forte na terra batida, portanto o desafio para os americanos era
maior. No primeiro jogo, Sam Querrey começou dando um susto em David
Ferrer ao vencer o primeiro set, mas o espanhol conseguiu a virada e
fechou em 3 sets a 1. Em seguida, era a vez de Nicolas Almagro enfrentar
o invicto John Isner. Em um jogo de muito equilíbrio, Isner foi buscar a
desvantagem em sets por duas vezes, mas Almagro fechou em 7-5 no set
decisivo, colocando os espanhois com uma boa vantagem de 2x0 no
confronto. No jogo de duplas de sábado, os irmãos Bryan pelos EUA
confirmaram o favoritismo, com vitória por 3 sets a 1 contra Marcel
Granollers e Marc Lopez. Assim, o vencedor foi definido no domingo. Como
Querrey havia feito no primero jogo, Isner saiu na frente contra
Ferrer, mas prevaleceu o bom jogo do espanhol no saibro para virar e
fechar novamente em 4 sets, colocando os espanhois, mais uma vez, na
final da competição.
O outro jogo de semifinal teve a
República Tcheca visitando a Argentina, também no saibro. Se a Argentina
tinha certo favoritismo por conta de Juan Martin del Potro, ele chegou
lesionado à disputa, e era dúvida já para o primeiro jogo. Porém o
argentino enfrentou Radek Stepanek, e com bastante facilidade fechou o
jogo em 3 sets. No segundo jogo, Tomas Berdych sofreu bastante, mas
venceu Juan Monaco em 5 sets e igualou as coisas. O sábado foi
duplamente ruim para os mandantes. Além de uma vitória fácil de Stepanek
e Berdych contra Schwank e Berlocq, del Potro imobilizava seu punho
lesionado, o que implicava em sua desistência para disputar o último
confronto. Dessa forma, Carlos Berlocq foi escalado para enfrentar
Berdych, mas pouco pôde fazer, e a República Tcheca definia sua vitória.
Ainda houve, para cumprir tabela, o 5º jogo para fechar o domingo, com
Monaco vencendo Ivo Minar por 2 sets a 0.
Pela
repescagem houve poucas surpresas. Os destaques ficam para a lesão de
Kei Nishikori pelo Japão, que ainda jogou (e venceu) no domingo, mas não
impediu a derrota para o fraco time israelense, e a fraca apresentação
australiana, derrotada pela Alemanha com atuações abaixo do esperado por
Tomic e sofríveis pelo veterano Hewitt. E, claro, a vitória do Brasil,
vencendo os 5 confrontos contra a Rússia, e retornando à elite da Copa
Davis que não jogava desde 2003. No Harmonia Tênis Clube, em São José do
Rio Preto, o time brasileiro recebeu uma desmantelada equipe russa, e
era favoritíssima. Logo no primeiro jogo, Rogério Dutra Silva enfrentou
um Igor Andreev completamente sem condições de jogo, e que abandonou
após perder facilmente os dois primeiros sets. Depois, Thomaz Bellucci
até levou um susto ao perder o 3º set para Teymuraz Gabashvili (que
perdeu para Rogerinho no US Open), mas venceu a partida em 4 sets. No
jogo de duplas, conforme o esperado, Marcelo Melo e Bruno Soares,
embalado pelo título de duplas mistas no US Open, venceram em sets
diretos a dupla formada por Gabashvili e Bogomolov Jr, garantindo o
retorno ao Grupo Mundial. No domingo, para cumprir tabela, Bellucci
venceu Bogomolov e Rogerinho venceu Vovk, ambos em 2 sets, assim
sacramentando uma tranquila vitória do time brasileiro.
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