Grupo F:
Japão 0x0 Suécia
No confronto mais esperado do
dia, que envolvia duas das três melhores seleções da última Copa do Mundo,
Japão e Suécia ficaram no zero, frustrando quem aguardava um duelo aberto e com
muitos gols. Apesar de ser melhor em boa parte do jogo (especialmente no
primeiro tempo), o time japonês não conseguiu transformar a melhor atuação em
gols. Homare Sawa não apareceu muito na partida, com pelo menos duas jogadoras
suecas em seu encalço a cada jogada. Além disso, outras jogadoras que poderiam
fazer a diferença, como Miyama e Kawasumi, ambas decisivas contra o Canadá,
também não conseguiram fazer a diferença.
No segundo tempo, a Suécia
arriscou mais, mas não chegou a assustar a meta da goleira Miho Fukumoto, que é
uma das poucas mudanças em relação ao time campeão mundial ano passado,
substituindo Ayumi Kaihori. As laterais do Japão foram o principal modo de
fugir da marcação sueca, mas, apesar das inúmeras tentativas por aquele setor,
o placar não saiu do zero. Foi o primeiro jogo sem gols da competição.
Canadá 3x0 África do Sul
Em jogo fundamental para ambos,
já que poderia deixar uma das duas seleções com chances remotíssimas de
classificação na última rodada, o Canadá enfim estreou na competição. Após uma
partida irreconhecível contra o Japão, o time comandado por John Herdmann
venceu a África do Sul sem maiores dificuldades. O placar foi construído logo
aos seis minutos, quando Melissa Tancredi marcou seu segundo gol no torneio. No
restante do primeiro tempo, a seleção africana até assustou, mas não conseguiu
chegar ao gol de empate.
Na segunda etapa, apareceu o
talento da melhor jogadora canadense. Christine Sinclair marcou os dois gols
que selaram o primeiro triunfo de sua seleção no torneio olímpico. Esses dois
tentos foram os de número 138 e 139 da jogadora pelo país, e serviram para
colocar o Canadá em terceiro lugar do grupo, um ponto atrás dos líderes Japão e
Suécia, que empataram em jogo disputado também neste sábado.
Gols: Melissa Tancredi, aos 6 minutos do primeiro tempo. Christine
Sinclair, aos 7min, e aos 41 minutos do segundo tempo (CAN).
Grupo G:
Estados Unidos 3x0 Colômbia
Assim como na estreia, o primeiro
tempo da seleção americana ficou muito abaixo das expectativas. Apesar de sair
com o 1x0 no placar, o futebol apresentado não agradou ao público, nem à
técnica Pia Sundhage, que se demonstrava impaciente no banco de reservas. Até o
gol de Megan Rapinoe, aos 32 minutos, a Colômbia demonstrava maior transpiração
e melhor capacidade para criar jogadas em seu campo de ataque, esbarrando
apenas na falta de qualidade na finalização. No setor defensivo, a goleira
Sandra Sepúlveda parava os ataques adversários com boas defesas. Entretanto, a
colombiana não conseguiu defender o belíssimo chute de Rapinoe, já no final da
primeira etapa. Na comemoração, as jogadoras homenagearam a lateral Alex
Krieger, aniversariante do dia, que se recupera de lesão no joelho e não pôde
disputar as Olimpíadas. A camisa 15, melhor jogadora da partida, quase marcou o
segundo no minuto final, mas Natalia Gaitán salvou sobre a linha do gol.
No segundo tempo, a seleção
americana se mostrou mais a vontade no jogo, apesar de não conseguir
transformar todo esse domínio em chances de gol. O gol do alívio veio apenas
aos 28 minutos, quando a artilheira Wambach venceu a defesa colombiana na
dividida e ampliou a vantagem para os Estados Unidos. O time colombiano sentiu
o baque. Quatro minutos mais tarde, Carli Lloyd marcou o terceiro após um lindo
passe de Megan Rapinoe. A vitória colocou o time de Pia Sundhage na próxima
etapa do campeonato olímpico.
Gols: Megan Rapinoe, aos 32 minutos do primeiro tempo. Abby
Wambach, aos 28min, e Lloyd, aos 32 minutos do segundo tempo (USA).
França 5x0 Coreia do Norte
Apesar de ser a seleção que
precisava urgentemente recuperar-se na tabela de classificação, a França esteve
irreconhecível em grande parte do primeiro tempo. Sua linha de três meias,
formada por Eugenie Le Sommer, Louisa Necib e Gaetane Thiney, não conseguia
criar lances que oferecessem perigo à defesa coreana. Elise Bussaglia, que
jogou à frente da linha de zaga nesse jogo, se tornou a melhor peça da França no
primeiro tempo, anulando o ataque asiático e organizando o francês. Apesar do
razoável futebol apresentado, a França conseguiu terminar o primeiro tempo à
frente do placar. Em uma cobrança de escanteio de Sandrine Soubeyrand pelo lado
direito, a zagueira Laura Georges cabeceou para o fundo das redes, marcando seu
primeiro gol no torneio.
No segundo tempo, tudo mudou. A
entrada da veloz Elodie Thomis na meia direita foi um belo golpe de Bruno Bini,
que percebeu o cansaço do time adversário, fundamental para o grande segundo
tempo francês. A jogadora marcou o segundo gol pouco tempo depois de substituir
Le Sommer. Destaque também para a bela assistência de Necib, que melhorou seu
rendimento na segunda etapa. Logo no lance seguinte, Delie aproveitou cruzamento
na medida de Thomis para ampliar a vantagem francesa. A outra zagueira, Renard,
marcou o quarto gol, em mais uma assistência de Necib. Pouco tempo depois,
Thomis completou seu show, cruzando para a jovem Camille Catala marcar seu
primeiro gol nas Olimpíadas, fechando o placar. A vitória recuperou o time
francês, que superou a própria Coreia do Norte no saldo de gols, assumindo a
segunda posição.
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