- Na chave de quartas de final do atual líder do ranking, Roger Federer,
não parece haver muitas ameaças. Deve encontrar Tipsarevic ou Isner nas
quartas, o que não deve trazer muitas dificuldades, principalmente se o
adversário for o sérvio. O suíço estreia contra o colombiano Falla, que
quase o venceu na estreia do torneio de Wimbledon em 2010, e pode ter
Benneteau no segundo jogo, outro tenista que chegou a abrir 2 sets de
vantagem e sofreu a virada contra Federer, 1 mês atrás. Mas as
circunstâncias parecem ser diferentes, a fase de Roger Federer não era
das melhores 2 anos atrás, e ele enfrentava dores nas costas na primeira
semana do último torneio de Wimbledon. Portanto, fica difícil ver o
suíço fora da semi, ou até mesmo da final, já que sem Rafael Nadal, o
caminho fica livre, com Djokovic e Murray do outro lado da chave.
-
Já que o atual campeão, Nadal, ficou fora por problemas físicos, seu
compatriota David Ferrer ganhou uma boa chance de chegar às semis, após
um sólido torneio de Wimbledon. Estreando contra o canadense Vasek
Pospisil, convidado pela organização, a chave tem nomes em má fase, como
Davydenko e Stepanek, e jogadores que nunca tiveram grande destaque na
grama, como Nishikori e Simon. Mas é bom tomar cuidado com Kohlschreiber
na segunda rodada, e com um possível confronto com o irregular, mas
sempre perigoso Tomic. Nas quartas, um possível duelo com del Potro, que
também não é dos melhores na grama.
- Na chave de Andy Murray há
riscos de zebra. O dono da casa tem uma estreia perigosíssima contra
Wawrinka. Como curiosidade, em 2009, no torneio de Wimbledon, ambos
fizeram um jogo em 5 sets que foi o primeiro da história do torneio
britânico a terminar com iluminação artificial, com vitória do escocês. É
bom ter cuidado também com Gasquet na 3ª rodada, e ainda há outra
pedreira, uma vez que deve pegar Tomas Berdych nas quartas. Não acho que
Almagro, nome mais forte até a 3ª rodada de Berdych, tenha boas chances
vencer o tcheco.
- No último quarto da chave estão Thomaz
Bellucci e Novak Djokovic. O brasileiro tem poucas chances contra Tsonga
na estreia, já que o francês, além do ranking bem superior, tem bom
retrospecto no piso. E se conseguir vencer, Bellucci pode enfrentar
outra pedreira em seguida, o saque de Milos Raonic, e em seguida pode
encontrar David Goffin, jovem belga que tem tido boas atuações nos
últimos meses. Já Djokovic não deve ter problemas para passar por
Fognini na estreia, mas é bom tomar cuidado com Andy Roddick, que já foi
número 1 do mundo, 3 vezes finalista em Wimbledon, e que parece ter
deixado a péssima fase pra trás após a temporada no saibro. Ainda que o
americano esteja longe de seu auge, ele é capaz de fazer grandes
partidas. Um embate entre Tsonga e Djokovic é o mais provável, mas a
chance de tropeços existe.
BRASIL NAS DUPLAS
Alguns palpites sobre os brasileiros nas duplas:
- Bellucci e Sá
enfrentam logo de cara os irmãos Bryan, que são a segunda dupla da
atualidade, porém a dupla que lidera o ranking é composta pelo
interminável canadense Nestor (mais de 20 anos de carreira) e o
bielorrusso Mirnyi, portanto não podem se juntar para as olimpiadas. A
chance de vitória brasileira é muito pequena.
- Melo e Soares
enfrentam na estreia Isner e Roddick. Difícil prever um resultado, mas o
que os americanos tem de bom no saque, fazem de confusão na rede. Os
brasileiros estão mais habituados ao jogo de duplas e podem tirar
proveito disso. O vencedor deve ter um jogo complicado contra Berdych e
Stepanek. Como muitas das grandes duplas do circuito são formadas por
jogadores de diferenes países e não podem ser repetidas nas olimpíadas,
há chances de surpresa dos brasileiros na chave. As duplas fixas se
concentraram mais do outro lado, então uma medalha, apesar de ser bem
difícil, com muita sorte pode acontecer.
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