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No início do ano Olímpico, Robert Scheidt divide tempo no Brasil entre treinos e torcida pelo filho




Robert Scheidt inicia o ano Olímpico, em suas próprias palavras, “energizado” e “muito motivado” para disputar a sétima olimpíada da vitoriosa carreira, em Tóquio, no mês de julho. Com a família no Brasil desde o Natal, ele treinou seis dias em Ilhabela (SP) e segue para Porto Alegre (RS) nesta sexta-feira (3) com dois objetivos. O primeiro é manter o ritmo de preparação na Classe Laser. O segundo é acompanhar o desempenho do filho, Erik, no 48º Campeonato Brasileiro da Classe Optimist, a partir deste sábado (4), no Veleiros do Sul.

“Minha motivação está muito alta. Tive seis dias de treinos muito bons em Ilhabela, com vento e calor. E Ilhabela é um lugar que traz ótimas energias. Foi na ilha que sempre me preparei para todas as Olimpíadas anteriores e voltar a velejar em Ponta das Canas é especial”, afirma o bicampeão olímpico. No Rio Grande do Sul, o velejador espera que o clima continue quente e o vento a seu favor.

“A raia em Porto Alegre normalmente tem bons ventos e tempo quente nessa época do ano. Vai ser bom tanto para a preparação física como técnica, especialmente para acostumar o corpo a velejar no calor, pois é o que devo encontrar na Austrália, em fevereiro, e no Japão, em julho”, explica, se referindo ao Campeonato Mundial de Laser e aos Jogos Olímpicos, respectivamente. Scheidt não irá para a água sozinho. Treinará ao lado de jovens atletas locais. “Vou dividir a raia com atletas muito bons e em ascensão e isso será ótimo, além do fator horas no barco, que é fundamental”, garante.

Contudo, o jovem velejador que merecerá toda a atenção do maior medalhista olímpico da história do Brasil, com cinco pódios, é Erik Scheidt. Com dez anos de idade, o filho mais velho de Robert e que mora com o pai, a mãe e o irmão caçula na Itália, vai disputar seu segundo Campeonato Brasileiro. Ano passado, em Ilhabela, ele conquistou o título nacional entre os estreantes. Agora, sobe de categoria e encara um novo desafio, enfrentando os garotos mais velhos e experientes na categoria veteranos.

“Agora o nível é mais alto. O Erik evoluiu bastante desde o ano passado e tem chance de fazer bom campeonato. Vamos ver como ele vai se sair. Não o vejo ainda andando entre os tops, porque tem pouca experiência nesse nível de velejada, mas o principal é que ele se divirta, aprenda e vá melhorando. Ele representará a Escola de Vela de Ilhabela, terá o Xande Paradeda como treinador e está bastante integrado com os colegas de equipe e feliz com a mudança de categoria e por competir com os melhores do Brasil”, garante Robert.

Robert Scheidt analisou a temporada em que garantiu vaga para disputar a sétima Olimpíada, recorde entre os atletas brasileiros. “2019 marcou meu retorno à classe Laser após quase três anos ausente, desde os Jogos do Rio/2016. Foi um período de readaptação para as novas técnicas, nova geração e nova mastreação, já que agora mastro e vela são diferentes. Cumpri o objetivo principal que foi fazer o índice para Tóquio, mas é o momento de buscar evolução nesse início de 2020. Vou trabalhar para voltar a velejar entre os tops, melhorando meu nível, ao mesmo tempo que administro a carga de trabalho. Preciso ajustar o volume de treino para evitar lesões que me farão perder tempo na água até os Jogos e aprender a superar as dificuldades em competir com mais idade contra atletas que são, em média, 20 anos mais jovens”, completa.

 Scheidt fez história ao garantir índice para os Jogos de Tóquio/2020 com o 12° lugar no Campeonato Mundial da Classe Laser, em Sakaiminato, no Japão, dia 9 de julho de 2019. Contudo, ainda precisa esperar a convocação final para a delegação brasileira. De acordo com o critério da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), ele só perde a vaga se outro atleta do Brasil subir ao pódio no Mundial da Laser em 2020, que será entre 9 e 16 de fevereiro, em Sandringham, na Austrália.

foto: Divulgação

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