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Buscando vagas em Tóquio 2020, Brasil inicia participação no Mundial de Ginástica Rítmica



A Ginástica Rítmica do Brasil inicia nesta segunda-feira (16) sua caminhada no 37º Campeonato Mundial da modalidade, que será realizado no Milli Gimnastika Arenasi, em Baku, capital do Azerbaijão. A competição adquiriu uma importância ainda maior porque será classificatória para a Olimpíada de Tóquio-2020. Neste primeiro dia, as brasileiras Natalia Gáudio e Barbara Domingos participarão do qualificatório da bola, a partir das 10h48 (horário de Brasília).

O Mundial de Baku reunirá um total de 173 ginastas no individual e 24 grupos representando 62 países. Será o mais importante mundial deste ciclo olímpico, exatamente por distribuir o maior número de vagas para os Jogos de Tóquio-2020. No Individual, sairão aqui as 16 primeiras classificadas para a Olimpíada do ano que vem e mais cinco melhores grupos na classificação geral.

As outras janelas de classificação da Ginástica Rítmica serão no Pan-Americano da modalidade de 2020 (para conjunto e individual) e pelas Copas do Mundo de abril do ano que vem (as três mais bem classificadas após as quatro etapas programadas).

Por conta da qualificatória olímpica, as melhores ginastas do mundo se exibirão no Milli Gimnastika Arenasi, que tem capacidade para receber cerca de 5 mil pessoas. Entre elas, a russa Dina Averina, que conquistou quatro medalhas de ouro no Mundial de 2018 realizado em Sofia, além de sua irmã gêmea Arina Averina, que saiu com dois bronzes no ano passado. Também deverão brilhar Alexandra Agiurgiuculese e a israelense Linoy Ashram.

No Individual, as ginastas farão os quatro aparelhos (arco, bola, fita e maças) e para definir as classificadas no geral, serão somadas as três melhores notas, descartando a pior delas. Daí sairão as 24 melhores para o Individual Geral, sendo que as 16 primeiras estarão automaticamente classificadas para Tóquio-2020.

As brasileiras estão conscientes dos desafios que encontrarão para chegar às finais, e consequentemente sair com uma vaga olímpica de Baku. Mas confiam em fazer boas apresentações, como fizeram nas últimas etapas da Copa do Mundo que antecederam o Mundial, em Kazan (RUS) e Portimão (POR).

“Acho que estou chegando bem para o Mundial. Cada competição tentamos evoluir um pouco mais. Modificamos um pouco as séries nestas Copas do Mundo e chegamos logo com três notas 18. Agora é buscar o 19, sempre querendo mais”, afirmou Barbara Domingos, que já havia participado do Mundial de Sofia, mas pela primeira vez encara uma competição pré-olímpica. “A ansiedade é grande, todo mundo estará aqui buscando a vaga. Sei que será muito difícil, por isso estamos trabalhando pensando no Pan-Americano do ano que vem”, afirmou.

A técnica Marcia Naves acredita que participar das duas etapas da Copa do Mundo foi fundamental na preparação de Barbara para o Mundial. “Com certeza ela está mais segura, apesar de termos feito algumas modificações na série, pensando em aumentar a nossa pontuação. A expectativa é para quatro boas apresentações dela aqui”, afirmou.

Com 26 anos, Natalia Gáudio chega ao seu sexto Campeonato Mundial bastante confiante, especialmente após a participação nas duas últimas Copa do Mundo. “Tanto em Kazan quanto em Portimão consegui manter notas bem equilibradas entre os meus quatro aparelhos. Isso é importante, porque a nota que conta para se classificar às finais é o geral. É sempre bom pensar neste equilíbrio. Além disso, o fato de ter me classificado para a final da fita em Portimão me deu ainda mais confiança. Acho que a gente está cada vez mostrando um trabalho melhor, mostrando que as notas estão subindo bem desde o começo do ano. Agora é entrar na quadra e fazer a minha parte”, disse Natalia.

Ela reconhece que a disputa pela vaga olímpica é um obstáculo a mais neste Mundial. “Lógico que tem uma pressão extra por conta das Olimpíadas. Mas é importante competir sabendo que temos uma outra chance de classificação. Aqui não é um tudo ou nada. Temos que dar o nosso máximo, mas sem surtar, porque isso pode acabar atrapalhando, porque o nível aqui será muito alto. Mas a experiência também ajuda a gente poder entrar mais calma”, completou Natalia.

Segundo Monika Queiroz, Natalia Gáudio chega em Baku em um momento de grande evolução. “Estamos chegando para enfrentar as melhores ginastas do mundo e vejo que a evolução dela foi perfeita, especialmente de Lima para cá. O Pan-Americano foi um divisor de águas pela conquista dela. Após a passagem por Portimão, deu para perceber que as pessoas passaram a acreditar mais ainda no Individual do Brasil. Todos os países nos cumprimentando pelas apresentações e isso mostra a qualidade do nosso trabalho”, afirmou a treinadora.

O Conjunto do Brasil, que também cumpriu ótima campanha nas duas últimas Copas do Mundo, só irá estrear no próximo sábado (21), também brigando por uma das cinco vagas olímpicas em disputa.

Foto: CBG/Ricardo Bufolin

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