A aproximadamente um ano dos Jogos Olímpicos, Tóquio passará por um grande teste com a realização do Campeonato Mundial de Judô Individual e Por Equipes a partir deste sábado, 24. A capital japonesa, berço da modalidade, receberá nos próximos oito dias mais de 800 judocas de 149 países em busca do título mais importante do ano e de valiosos 2000 mil pontos na classificação olímpica. O Sportv transmitirá as finais ao vivo todos os dias.
O judô brasileiro, mais uma vez, vai com sua força máxima e terá 18 atletas brigando por um lugar no pódio do Mundial na lendária arena Nippon Budokan, palco do judô nos Jogos Olímpicos de 1964, quando a modalidade estreou no programa olímpico, e também sede do judô para 2020.
"Pensamos sempre em evolução. Temos um pacto com os atletas de não cravarmos uma meta específica de medalhas, pois muitos consideram ser uma pressão a mais. Mas, acredito que nossa equipe está muito bem preparada e confio num resultado melhor do que o do ano passado, quando conquistamos um bronze no Mundial de Baku", projetou o gestor de Alto Rendimento da CBJ, Ney Wilson Pereira.
Aclimatação em Hamamatsu e teste para operação logística de 2020
Para melhor adaptação ao fuso horário, ao clima e às diferenças culturais entre Brasil e Japão, a CBJ, em parceria com o Comitê Olímpico do Brasil, usou novamente a estratégia de isolar a seleção em um ambiente de concentração para os ajustes na reta final de preparação.
Para isso, a equipe desembarcou no Aeroporto de Narita no último dia 14 de agosto e seguiu direto para a cidade de Hamamatsu, onde acontece, desde então, a fase de aclimatação dos atletas. A rotina na cidade que abriga a maior colônia de brasileiros no Japão é de dois treinos diários num ginásio exclusivo para a seleção, alimentação regrada, tratamento regenerativo e descanso. Operação que será repetida em 2020 para os Jogos Olímpicos.
"Hamamatsu foi só para o detalhe final. Agora, não tem muito o que mudar nada, não tem muito segredo no que fazer. A gente chegou num período que faltavam uns dez dias para lutar. Então, fiz bastante randori. E, agora, no final, começamos a reduzir um pouco a intensidade, o volume de treinamento e ir para o detalhe. Trabalhar as técnicas com as quais gosto de jogar e a estratégia para cada adversária", explicou a bicampeã mundial Mayra Aguiar, que lutará no dia 30 de agosto em busca de um tri mundial sem precedentes na história do judô brasileiro.
Ao seu lado, a equipe feminina terá ainda Larissa Pimenta (52kg), Eleudis Valentim (52kg), Rafaela Silva (57kg), Ketleyn Quadros (63kg), Aléxia Castilhos (63kg), Maria Portela (70kg), Maria Suelen Altheman (+78kg) e Beatriz Souza (+78kg).
No masculino, o Brasil será representado por Eric Takabatake (60kg), Felipe Kitadai (60kg), Daniel Cargnin (66kg), Eduardo Yudy (81kg), Rafael Macedo (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg), Rafael Buzacarini (100kg), David Moura (+100kg) e Rafael Silva (+100kg).
Além deles, Eduardo Katsuhiro Barbosa (73kg), Jeferson Santos Jr (73kg), Tamires Crude (57kg) e Ellen Santana (70kg) foram convocados para a disputa por equipes.
Os primeiros a deixar a concentração em Hamamatsu rumo a Tóquio foram os ligeiros Kitadai e Takabatake, que chegaram a Tóquio nesta sexta acompanhados pelos técnicos Yuko Fujii e Luiz Shinohara, além de Ney Wilson. Eles lutam logo no primeiro dia do evento.
O restante da equipe permanece em Hamamatsu, com saídas escalonadas para Tóquio sempre na antevéspera do dia da luta para cada atleta. O último grupo, formado pelos pesos pesados, sai da cidade no dia 29 de agosto.
Foto: IJF
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