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Jade Barbosa elogia Valeri Liukin e vê ginastas brasileiras bem preparadas para o Pan e o Mundial



A ginasta Jade Barbosa é uma das atletas mais experientes da seleção brasileira feminina de ginástica artística e vem sendo a líder de um grupo que vem passando por um ótimo momento no cenário mundial, com uma boa participação no mundial de 2018 em Doha e no DTB Pokal em Stuttgard desse ano, o Brasil se credencia a ser uma das principais seleções em Tóquio. Em entrevista ao surto olímpico, Jade revela que o técnico cazaque naturalizado americano Valeri Liukin - que tem atuado como consultor técnico da seleção -  tem sido muito importante no processo:

"Ginástica não é matemática, não tem uma fórmula exata.Cada atleta é diferente e o técnico que é excelente, sabe identificar o que você precisa individualmente. Esse é o diferencial dele. Ele olha, corrige, com carinho, com respeito e a gente consegue trabalhar de uma forma melhor. Acho que se for ver, você não escuta mais ninguém gritando, se descabelando enlouquecido dentro do ginásio. Todas as meninas são tratadas superbem e eu fico muito feliz por ter chegado nesse nível. A gente vem treinar sabendo que existem sacrifícios, mas as coisas vão acontecendo. Você entende que o treino é forte, mas você faz, porque você sabe que tem que passar por aquilo." Explicou.

Jade também explica que o trabalho de Liukin não descredita os trabalhos anteriores dos técnicos estrangeiros que ela trabalhou antes, como Oleg Ostapenko, Irina Irinshenko e Alexander Alexandrov. Ela afirma que a abordagem de Liukin é apenas diferente: " Que fique claro que não estou falando que os outros treinadores foram ruins, senão não teríamos tido todos os resultados que tivemos. Mas a gente vem tendo a oportunidade de conhecer um novo sistema de treinamento. Ele vem de uma escola bem diferente da que gente conviveu antes, diferente da russa como Alexandrov, o Oleg, a Irina, bem mais parecida com a nossa cultura brasileira. E é a primeira vez que a gente tem um técnico diferente. Isso é bom porque facilita muito, ele tem muito respeito por nós e acho que esse é o diferencial. "

Jade afirma que o segredo do bom momento das ginastas brasileiras é o planejamento para as competições que tem sido feito à risca e com todas as ginastas saudáveis: "A gente tem conseguido cumprir muito bem todo o planejamento que antecedem as competições. E isso deixa a gente muito mais segura para competir um Pan-americano, competir um mundial já que estamos indo bem e saudáveis em nosso planejamento."

Sobre os jogos Pan-americanos, onde Jade despontou para o mundo na edição de 2007 no Rio de Janeiro,  a ginasta fez questão de destacar a importância que a competição tem, sendo a quem mais consegue emular o clima de olimpíadas: "Pra gente é um treinamento super importante para os jogos olímpicos. Você dentro da vila você respira esporte, você vai tomar café da manhã e encontra outros atletas que você admira. E a competição da ginástica é como na Olimpíada: Primeiro dia classificatório, segundo dia competição por equipes, terceiro dia final individual geral... É difícil ter uma competição de grande porte que simule isso. Porque em Olimpíada é difícil manter o foco em tantos dias de competição e o Pan é muito bom para gente 'treinar' esse foco" explicou.

Aos 27 anos, sendo quase 12 de seleção , Jade é um veterana na ginástica, o que com sua experiência pode dar a ela o status de líder da equipe. algo que ela revela não se ver como uma, mas admite que faz de tudo para apoiar as ginastas mais jovem, como fizeram com ela um dia: "Eu tive muito apoio quando era mais nova e até sinto muito saudade disso, sinto saudades da 'Day' (a ex-ginasta Daiane dos Santos), do carinho, da segurança que ela me dava dentro de uma competição por ser uma das mais experientes. Eu sei que isso faz diferença para as meninas mais jovens. Já que eu tenho mais experiência e posso proporcionar isso a elas. E eu me sinto muito bem quando consigo dar esse bem-estar a elas dentro de uma competição."

Por fim, Jade falou da importância do mundial de ginástica desse ano, que classifica para os jogos olímpicos de Tóquio e das lembranças boas que tem da cidade alemã de Sttutgart: "Sttutgart sempre é incrível, a gente disputou uma competição lá em março, foi um resultado incrível pra gente. Ganhamos a competição e tinham países muito importantes competindo também. Pra mim é um mundial muito importante, não somente por ser o mundial que classifica para olimpíada, mas também por ter sido o lugar do primeiro mundial que disputei e ganhei um bronze no individual geral." concluiu 

foto: Ricardo Bufolin/ CBG

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