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Thomas Bach afirma que caso de Semenya é muito complexo e que COI estudará mais a fundo o caso


O presidente do COI, Thomas Bach se pronunciou no último sábado (4) sobre o caso da corredora Caster Semenya, que foi banida da sua principal prova, os 800m, pelo Tribunal Arbitral do Esporte na última semana. Em encontro na Austrália, o mandatário se mostrou consternado com a situação.

"Primeiro, gostaria de dizer que tenho uma grande simpatia por Caster Semenya sobre esta decisão. Tendo dito isso, é um tema extremamente complexo. Isso tem um impacto científico, impacto ético, isso impacta no "fair play" da competição, então é extremamente delicado e difícil para fazer justiça a tudo isso (...) O que o COI tem feito é tentar ajudar as Federações Internacionais porque são eles quem tomam as decisões em suas regras. O COI respeita as decisões do TAS, como sempre fazemos. Mas, pelo ponto de vista humano, sim, eu tenho simpatia por ela" disse Bach.

O mandatário ainda explicou que haverá um grupo de trabalho específico para estudar o caso de Caster Semenya e não descartou que possa haver qualquer tipo de revisão. No entanto, ele preferiu não se aprofundar no tema e deixar na conta dos "especialistas" que estudam a decisão do Tribunal Arbitral do Esporte.

" Temos esse grupo de trabalho, que conta com médicos especialistas. Então vamos tentar, como sempre tentamos nessas situações, chegar a um consenso entre os cientistas. É nisso que estamos trabalhando. Não sou um especialista médico, então não posso comentar a decisão. Eu tenho que contar com os especialistas. Não é só científico, não é só ético, é também muito emocional. Tenho medo pelos especialistas pela dificuldade de encontrar uma solução que reúna todos esses argumentos" disse Bach no encontro do Comitê Olímpico Australiano, em Sydney.

Por conta da alta produção natural de testosterona de seu corpo, a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) proibiu Semenya de correr em competições na sua especialidade, apesar de seguir podendo competir em outras distâncias. Diante da posição irredutível da federação internacional, a sul-africana entrou com uma apelação no TAS em fevereiro para tentar derrubar a regulamentação, mas o resultado desta quarta-feira foi novamente negativo.

foto:AP

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