Antigamente, conquistar uma medalha em jogos Pan-americanos na natação era complicado, pois o Estados Unidos fazia questão levar sua força máxima. E na edição de 1979 em San Juan (PUR), não seria diferente. Mas a natação brasileira tinha um nome que seria capaz de almejar algo mais nesses jogos: Djan Madruga
Djan estava em grande fase em 1979. Após ter ótimas atuações em Montreal 1976 - quando tinha 17 anos e ficou em quarto nos 400m e 1500m livre - ele foi ganhou bolsas de universidades americanas e foi para lá treinar. Com isso, o seu potencial cresceu e parecia que ele seria o grande nadador brasileiro, aquele que poderia conquistar uma medalha olímpica na natação que não vinha desde Manoel dos Santos em 1960. ele chegou o Pan com certo destaque, já com sua versatilidade conhecida ele iria disputar várias provas.
Nos 200m livre, Djan não conseguiu superar os americanos e ficou com o bronze e o novo recorde sul-americano. Nos 400m livre, ficou com a prata, ficando só atrás do nadador em que ele deseja ser tão bom quanto ele: Brian Godell, que também derrotou o brasileiro nos 1500m livre. 200m costas veio a quarta medalha de Madruga, um bronze.
Nos revezamentos vieram mais duas para Djan: 4x100m livre e nos 4x200m livre - prova que viria a medalha de bronze em Moscou 1980. Em uma edição em que os Estados Unidos venceram todas as provas no masculino e perderam apenas uma no feminino, as seis medalhas do nadador foram exaltadas. Tanto que ele virou o primeiro 'Mr.Pan' brasileiro, pois o número de medalhas conquistadas em uma única edição de Pan-americano foi um recorde que só foi superado por Thiago Pereira, 28 anos depois nos Jogos pan-americanos do Rio em 2007.
Em 1983, Djan conquistou mais duas medalhas de prata em revezamento e encerrou sua participações me Pan-americanos como o maior medalhista brasileiro nos jogos, com 11 medalhas - cinco de prata e seis de bronze, sendo superado apenas no Pan de 1995, pelo mesatenista Cláudio Kano, que conquistou doze medalhas. Djan até hoje é o atleta brasileiro com mais medalhas em pan-americanos sem ter um ouro sequer.
Até o momento em que essa postagem foi feita, Djan não parou de competir, sendo presença certa em várias competições de masters.
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