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Coluna Surto Mundo Afora #45


Por Bruno Guedes

E a Finlândia bateu o grande favorito Canadá e se sagrou campeã mundial de hóquei no gelo masculino. O título veio na vitória de virada por 3 a 1, surpreendendo e conquistando o terceiro título da história do país. Os canadenses alcançaram a 15ª medalha de prata e a Rússia levou a sua 13ª medalha de bronze.

O feito finlandês é gigantesco. Afinal de contas, além da Seleção da América do Norte, bateram também os russos, outra potência, nas semifinais. Nos dois casos, os países utilizaram importantes jogadores da NHL, a Liga Americana de Hóquei no Gelo e a mais importante da categoria. O Canadá contou por exemplo com nomes de pesos como Mark Stone do Vegas Golden Knights (MVP do Mundial), Sean Couturier do Philadelphia Flyers e Pierre Luc-Dubois do Columbus Blue Jackets. Já a Rússia teve a grande estrela e um dos maiores ídolos locais, Alex Ovechkin, do Washington Capitals.

Marcado por equilíbrio, a partida final mostrou o quanto a briga dos países para que seus atletas da NHL estejam nessas competições mais importantes, como Mundial e Olimpíadas. A liga está em final de temporada, o que facilitou a convocação de alguns nomes de peso. Entretanto, em diversas ocasiões as Seleções consideradas favoritas acabaram perdendo a força máxima e desniveladas frente ao demais. Durante os Jogos Olímpicos de PyeongChang 2018 a Liga vetou a participação dos seus atletas, já que era o auge do calendário regular. O Canadá acabou sendo o mais prejudicado.

A Finlândia, liderada pelo capitão Marko Anttila, draftado pelo Chicago Blackhawks em 2004, colocou uma grande luz sobre o fim da hegemonia russa-canadense na modalidade. E com muitos jovens promessas, como o goleiro Kevin Lankinen, prospecto do mesmo Chicago e que atua pelo Rockford IceHogs no AHL, a liga de base, digamos assim, da NHL. A surpresa é proporcional à confiança da imprensa de várias partes quanto o que esse time pode aprontar num futuro próximo.

O Canadá provou, mais uma vez, o porquê de ser a grande potência do hóquei no gelo. Nas últimas cinco edições do Mundial os canadenses sempre ficaram entre os 4 primeiros colocados. E apenas em 2018 não conquistou medalha. O esporte é o número 1 no país, que tem um histórico enorme de conquistas. Além de estar no topo do ranking da Federação Internacional, jamais disputou divisões inferiores nas 72 participações. São 26 títulos e 50 medalhas. 

Já a Rússia, herdeira direta da União Soviética, não está longe. Foram 62 participações, com 47 medalhas e detentora do título de maior campeã mundial: 27 conquistas. Os russos, aliás, são os atuais campeões olímpicos. A Máquina Vermelha, como é chamada, rivaliza com os canadenses em quase todas as competições. Porém, a paixão dos rivais é inigualável.

foto:Getty Images

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