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Pan-Americano de Judô 2019 - Último Dia: Brasil é campeão por equipes, com direito a muita emoção


Em final digna do tamanho de Brasil e Cuba, o maior clássico do judô pan-americano terminou com vitória emocionante do Brasil por quatro a três na decisão do Campeonato Pan-Americano Por equipes mistas, com direito a luta extra de desempate. A caçula da equipe brasileira, Beatriz Souza, de 20 anos, se agigantou diante da campeã olímpica Idalys Ortiz e venceu a cubana duas vezes para garantir o ouro da seleção brasileira. Além dela, Maria Portela (70kg) e Rafael Silva "Baby" (+90kg) também venceram seus combates na tarde deste domingo, 28, em Lima, Peru. Os brasileiros ainda receberam as medalhas das mãos do presidente da CBJ, Silvio Acácio Borges, e do coordenador de arbitragem da CBJ, Edison Minakawa. 

Nas semifinais, o Brasil passou pelo México sem maiores dificuldades, vencendo os quatro primeiros combates seguidos por ippon. Do outro lado, Cuba venceu o Peru pelo mesmo placar e confirmou a final esperada com o Brasil.

Na decisão, os cubanos começaram melhores, com vitória de Magdiel Estrada sobre David Lima. O brasileiro chegou a forçar duas punições ao cubano, mas sofreu um waza-ari no golden score.

Na segunda luta, Cuba apostou na meio-médio Maylin Del Toro Carvajal (63kg) para enfrentar Maria Portela no peso médio (70kg) e a brasileira se impôs com um ippon para empatar o confronto. 

Na terceira luta, Rafael Macedo (90kg) encarou Ivan Felipe Silva Morales, que conseguiu a projeção para recolocar Cuba à frente no placar. Dois a um. 

O empate brasileiro veio com Beatriz Souza, que derrotou Idalys Ortiz nas punições, impondo maior volume de ataque e tirando a adversária da área de competição. Dois a dois.

Rafael Silva "Baby", também nas punições, venceu Andy Granda e fez o terceiro ponto brasileiro. Três a dois e a decisão ia ficando para a última luta, entre Rafaela Silva e Anaylis Dorvigny.

Em combate acirrado nas disputas por pegadas, Rafaela acabou levando uma punição disciplinar e foi desclassificada da luta. 

Com o empate em três a três no placar, foi preciso sortear uma categoria para fazer a luta extra de desempate. Neste confronto, vence quem marca a primeira pontuação, como no golden score. E o peso sorteado foi o pesado feminino. 

Bia retornou, então, ao tatame para encarar Ortiz mais uma vez e, como na primeira, derrotou a cubana nas punições, forçando três shidos à adversária. Vitória e mais um título pan-americano para a equipe brasileira. 

Ao final do combate, Bia explicou que havia sentido o polegar da mão direita na disputa pelo bronze com Nina Cutro-Kelly, no sábado, mas não se deixou abater e foi na superação para a disputa por equipes. O esforço foi recompensado com a medalha de ouro. 

"Machuquei a mão no individual ontem e hoje eu sabia que ia ser na superação. E foi duas vezes na superação. Mas, eu faria tudo de novo, sentiria toda essa dor de novo para trazer essa medalha para a gente. Trazer esse título para o Brasil maravilhoso. É uma sensação que eu quero ter sempre", festejou a brasileira ao final. Ela recebeu tratamento da equipe médica da CBJ durante e após as lutas e será avaliada novamente no retorno ao Brasil.

Técnicos avaliam desempenho da equipe

As 15 medalhas conquistadas pelos judocas brasileiros renderam ao país o primeiro lugar geral tanto no quadro de medalhas feminino, quanto no masculino. Resultado visto como positivo pela comissão técnica da seleção. 

"As meninas corresponderam. Claro que gostaríamos de ganhar mais medalhas de ouro. Mas, conseguimos chegar no bloco final com quase todas. Apenas o 63kg que não chegou nas medalhas. Então, avalio o desempenho positivamente e acho que estamos no caminho certo para os Jogos Pan-Americanos e Mundial deste ano", disse Mario Tstutsui, técnico da equipe feminina do Brasil.

As meninas tiveram dois ouros, quatro pratas e dois bronzes. Mayra Aguiar (78kg) e Larissa Pimenta (52kg) foram campeãs, enquanto Nathália Brígida (48kg), Rafaela Silva (57kg), Maria Portela (70kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg) foram prata. Os bronzes ficaram com Sarah Menezes (52kg) e Beatriz Souza (+78kg).

No masculino, o resultado foi muito parecido. Os homens tiveram apenas um bronze a menos que as meninas. Daniel Cargnin (66kg) e Rafael Silva (+100kg) foram ouro, Eric Takabatake (60kg), Rafael Macedo (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg) e David Moura (+100kg) foram prata e Eduardo Yudy Santos (81kg) foi bronze.

"Além de trazermos todos os jovens atletas, trouxemos também alguns mais experientes e formamos uma equipe bem forte. Os mais novos tiveram um bom desempenho, inclusive com um ouro do Daniel Cargnin, e os mais experientes fizeram uma luta bem sólida. Acho que fizemos uma boa preparação para esse Campeonato e continuaremos trabalhando forte", avaliou a japonesa Yuko Fujii, treinadora da equipe masculina.

A seleção retorna ao Brasil nesta segunda-feira, 29. O próximo compromisso será o Grand Slam de Baku, nos dias 10, 11 e 12 de maio, no Azerbaijão. A disputa definirá os nove melhores por gênero (feminino e masculino) no ranking mundial que se classificarão para o Campeonato Mundial de Tóquio.

Fonte/Foto: CBJ

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