As mesa-tenistas brasileiras não querem ficar paradas e buscaram
evolução. Em um novo tempo no esporte, onde o intercâmbio no exterior é
fundamental para o crescimento no desempenho, estas meninas trilharam
caminhos diversos na Europa e pretendem mostrar o resultado a partir de
domingo (21), no Mundial de Budapeste.
Das três representantes brasileiras no torneio, Jessica Yamada foi a
primeira a trilhar o caminho. Por muito anos atuou na França e resolveu
retornar no ano passado. Ela acredita que cresceu muito neste período.
“A melhor parte de morar na Europa é poder estar em contato com o alto
nível o tempo todo. Isso com certeza fez com que eu melhorasse meu nível
para poder brigar de igual com todas as adversárias. Existem muitas
dificuldades como clima, comida, idioma entre outros que podem causar
algum incômodo, mas para mim o mais difícil foi ficar longe da família e
amigos. Apesar das dificuldades, a oportunidade de viver fora em países
mais evoluídos foi uma ótima experiência, aprendi muito, passei a
enxergar algumas coisas de maneiras diferentes e também a me conhecer
melhor”, diz a atleta.
Número 1 do Brasil e 64ª do ranking mundial, Bruna Takahashi começou a
trilhar o caminho na Europa recentemente, após completar 18 anos e
concluir o Ensino Médio. E já sente a diferença.
“Acredito que meu físico e força melhoraram muito, pois fazemos
bastante “robô” na Dinamarca. E também nas primeiras bolas, treinamos
bastante as primeiras jogadas da partida, pois é a parte mais
importante. Eu tenho essa rotina agitada desde pequena. Então, eu
consigo lidar bem com essa mudança. Gosto muito de treinar lá fora,
fazer coisas diferentes”, explica Bruna, que acredita estar evoluindo
bem na transição para o adulto e a pressão de ser a melhor mesa-tenista
brasileira da atualidade:
“Sim sempre foi difícil lidar com essa pressão, mas com o tempo você se
acostuma. A transição foi um pouco difícil, pois as mulheres no adulto
têm mais força e experiência. Mas eu estou me adaptando muito bem”.
Chinesa naturalizada brasileira, Lin Gui veio para o Brasil muito
jovem. Atuou por longo tempo no Brasil, depois seguiu para a Europa,
onde atua na Liga Polonesa. Recentemente, retornou para a China, onde
passou por um período de treinos antes deste Mundial.
“Na China, consegui manter ritmo de treino mais regular. Já na Europa,
tenho muitos jogos pela Liga, podemos evoluir a experiência de jogo”,
detalha.
Foto: ITTF
0 Comentários