O ministro japonês responsável pelos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 renunciou ao cargo, na quarta-feira (10), após o último de uma série de gafes.
A renúncia ocorre menos de 500 dias antes de Tóquio sediar os Jogos e segue uma decisão do chefe do Comitê Olímpico do Japão, que renunciou ao cargo após autoridades francesas o investigarem.
Yoshitaka Sakurada "pediu para renunciar depois de ferir os sentimentos das vítimas" do terremoto e do tsunami de 2011, disse o primeiro-ministro Shinzo Abe a repórteres.
"E eu aceitei", disse ele. "Peço sinceras desculpas pela impertinência de suas observações quanto às pessoas das áreas afetadas pelo desastre", disse Abe, acrescentando que aceitou a responsabilidade de nomear Sakurada como ministro.
A renúncia vem depois que Sakurada disse em uma reunião com um membro do Partido Democrático Liberal, proveniente da região norte do desastre, que o parlamentar era mais importante do que a recuperação da região. Assim publicou a emissora NHK .
O tsunami de março de 2011, desencadeado por um enorme terremoto submarino, matou cerca de 18 mil pessoas e inundou a usina nuclear de Fukushima, provocando o colapso de seus reatores e levando ao pior desastre nuclear do mundo desde Chernobyl.
Mais de 50 000 pessoas não regressaram às suas cidades de origem.
O Japão apelidou os Jogos Olímpicos de 2020 de "Jogos Olímpicos da Reconstrução" e quer mostrar a recuperação em regiões devastadas pelo desastre.
Sakurada já havia sido criticado por várias gafes, comentando que ele estava muito desapontado com a estrela da natação Rikako Ikee anunciando seu diagnóstico de leucemia.
Foto: Divulgação
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