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Yulimar Rojas bate recorde Sul-Americano no Triplo e fala sobre rivalidade com Ibarguen


Yulimar Rojas, venezuelana, é atualmente uma das melhores atletas sul-americanas em ação. A jovem de apenas 23 anos é campeã mundial do salto triplo, em Londres/2017, e prata olímpica no Rio/2016, ficando atrás, nessa última ocasião, apenas de Caterine Ibarguen da Colômbia.

A atleta é, ao lado da colombiana, as grandes rivais da triplista e recordista brasileira Núbia Soares. Núbia fez uma grande temporada em 2018 e terminou o ano com a terceira melhor marca do mundo, porém ainda precisa saltar alguns centímetros a mais para competir de igual para igual com as rivais sul-americanas. 

Recorde sul-americano e pretensão de voar mais alto
A saltadora começou o ano voando e marcou um recorde pessoal e sul-americano (indoor) no salto triplo, alcançando impressionantes 14,92m em Madri. O feito é ainda maior se recordarmos que esse recorde foi alcançado na sua segunda competição após um hiato de 11 meses, iniciado após conquistar seu terceiro título mundial consecutivo no campeonato mundial indoor, em Birmingham/2018. A causa: lesão nos tornozelos.

“2018 foi um ano muito difícil para mim, mas aprendi a ser paciente”, disse o multimedalhista. "Isso me ajudou ser mais forte mentalmente, a manter o foco, a acreditar em mim e manter a fé em minhas habilidades", concluiu.

Depois da longa espera, sua primeira competição aconteceu no dia 02 de Fevereiro, em Karlsruhe, onde terminou em segundo, com 14,45m atrás da sua parceira de treino, Ana Peleteiro, da Espanha. Seis dias depois, em Madri, ela fez seu voo rasante de 14,92 m, o maior salto em competições indoor do mundo desde 2010, levando Rojas a figurar na 12ª posição na lista mundial de todos os tempos.

E acham que ela está satisfeita? Yulimar Rojas quer mais. 

"Eu não podia acreditar quando vi 14,92m no painel eletrônico. Não achei que o salto seria tão longo. Fiquei surpresa com o resultado. É uma pena que os três pulos que se seguiram tenham sido faltosos, eles iriam além dos 15 metros. Isso me deixou um pouco insatisfeita".

Tendo trabalhado duro para recuperar sua melhor forma, ela sabe que saltos maiores virão em breve.

"Cheguei perto dos 15 metros, mas tenho certeza de que isso acontecerá mais cedo do que tarde", diz ela. "Vamos celebrar, então".

Com os recentes resultados, a saltadora sagrou-se campeã da IAAF World Indoor. 

Treinando em casa


Rojas encontrou uma segunda casa em Guadalajara, nos arredores de Madri. Treinada pelo nove vezes campeão mundial e campeão olímpico em Sidney/2000, Ivan Pedroso, a promissora carreira de Rojas floresceu, tanto em treinos como em competições.

Foi na capital espanhola que Rojas quebrou a barreira dos 15 metros em 2016. Os seus três recordes pessoais mais recentes também foram conquistados por lá.

“Madri me recebeu de braços abertos e estou muito feliz com o apoio deles”, afirma a campeã.

Muito do treinamento de Rojas foi focado em condicionamento físico e técnica, mas Pedroso também ajudou a melhorar sua força mental.

"No aspecto psicológico, recebi muito apoio do meu técnico para garantir que permaneça com pensamento positivo para o presente e nos objetivos da temporada. Nosso foco é recuperar bem de cada sessão de treinamento e fortalecer meu corpo com a ajuda do meu fisioterapeuta, a fim de ficar livre de lesões", afirmou Rojas.

Com uma longa temporada que se estende para o Campeonato Mundial de Atletismo da IAAF em Doha/2019 no final de setembro e início de outubro, Rojas ainda decidiu testar sua forma no início deste ano.

"Competir dentro de casa este ano foi importante para mim porque eu não pude competir no verão passado. Passei 11 meses sem pular do jeito que eu queria, então eu realmente queria me testar para ver como meu corpo reagiria e para recuperar a confiança que levaria à temporada ao ar livre".

Rivalidade com Ibarguen


Após uma campanha interna que impulsionou a confiança, Rojas está agora ansioso para uma temporada ao ar livre que incluirá uma revanche altamente esperada com o mundo duas vezes e campeão olímpico de 2016, Caterine Ibarguen.

Ibarguen, a Atleta do Ano da IAAF de 2018, domina o salto triplo desde 2013, mas foi destronada por Rojas no Campeonato Mundial da IAAF, em Londres 2017.

"Meu rival mais temido sou eu mesma", afirma Rojas. “Encontro motivação todos os dias, em todos os saltos. Eu tenho muito respeito por Caterine. Ela conseguiu muitos feitos e é um bom exemplo de perseverança no esporte. Quando você trabalha por algo que você ama, pode conseguir grandes coisas e ela é um bom exemplo disso”.

Há uma longa estrada que leva à revanche do Campeonato Mundial em Doha, mas a dupla deve se enfrentar no circuito da IAAF Diamond League e nos Jogos Pan-Americanos em Lima, em agosto.

"Os Jogos serão super importantes para mim, tão importantes quanto os Campeonatos Mundiais. É um evento particularmente importante para mim e para o meu país. Vou competir com Caterine (Ibarguen) e vejo isso como uma prévia do Campeonato Mundial. Quero melhorar meu quarto lugar de Toronto em 2015".

A atleta finaliza dizendo: “Minhas performances na temporada indoor são um bom presságio para o que vem ao ar livre. Como disse, Lima é importante, mas o objetivo final é defender meu título com sucesso em Doha. Tenho muita confiança de que as coisas serão do meu jeito. Estou mantendo minha fé de que este será um ano positivo".

Foto/Fonte:IAAF

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