O Laboratório Olímpico do COB está a todo vapor. Neste início de
temporada pré-olímpica, o espaço localizado no Centro de Treinamento
Time Brasil, no Parque Aquático Maria Lenk, vem recebendo atletas de
diversas modalidades e fornecendo informações essenciais para o
planejamento dos treinadores.
Na quinta-feira, dia 21, por exemplo,
enquanto as campeãs mundiais de vôlei de praia Agatha e Duda coletavam
sangue na bioquímica, o segundo colocado no ranking mundial de ciclismo
mountain bike Henrique Avancini se consultava com uma psicóloga do Time
Brasil. Já o velocista Aldemir Gomes passava por uma bateria de
avaliações biomecânicas. Capitaneados pela campeã mundial Etiene
Medeiros, a equipe de natação do clube paulista Sesi também usufruía da
estrutura de ponta oferecida pelo COB aos atletas olímpicos do Brasil.
Somente em 2019, 78 atletas do Time Brasil já foram atendidos pelos
profissionais do COB no espaço.
Os atletas aprovam o uso da tecnologia e da ciência em busca de seu
desenvolvimento esportivo e elogiam a estrutura de alto nível oferecida
pelo COB. “Eu já visitei muitos centros de treinamento ao redor do mundo
e hoje eu sinto orgulho de ter o que a gente tem ao nosso alcance, na
nossa casa. A gente se sente valorizado quando entra aqui e vê todo esse
aparato físico e humano. Traz uma certa carga de motivação e segurança
para realizar o meu trabalho. Isso é muito importante para o nosso
desenvolvimento de alto rendimento.”, destacou Henrique Avancini, eleito
o Atleta da Torcida no último Prêmio Brasil Olímpico, que já usou as
áreas médica, bioquímica e fisiológica da estrutura. “O uso da ciência
na minha preparação me trouxe muitos ganhos dentro e fora das pistas”,
completou o ciclista de 30 anos, brasileiro melhor colocado no ranking
na história da modalidade.
Além das avaliações dentro do laboratório, os especialistas de
Ciências do Esporte do COB também realizam ações externas. Em 2018,
foram feitas 393 avaliações deste tipo. Em 2019, a canoagem velocidade,
em Lagoa Santa (MG). A próxima será o atletismo. Entre os dias 9 e 16 de
março, 27 atletas do atletismo serão testados no Centro Nacional de
Desenvolvimento da Confederação Brasileira de Atletismo.
Um dos legados dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o Laboratório Olímpico do
COB está em pleno funcionamento desde 2017. No ano passado foram
realizadas 2256 ações de avaliações para um total de 325 atletas de 16
confederações diferentes. O objetivo do COB é que até Tóquio 2020 todas
as Confederações Brasileiras Olímpicas tenham sido atendidas pelo
laboratório.
O Laboratório Olímpico do COB é dividido em sete especialidades:
fisiologia, bioquímica/ nutrição, preparação física, medicina,
fisioterapia, biomecânica e preparação mental. O seu principal
diferencial é agrupar diversas especialidades no mesmo espaço físico.
Isso facilita a troca de informações e a logística das avalições.
O Laboratório Olímpico é usado como uma ferramenta para ajudar no
planejamento dos treinadores. Em preparação para um ano de competições
importantes, como o Campeonato Mundial e os Jogos Pan-americanos, o
carioca Aldemir Gomes, especialista nos 200m, é outro que considera a
ciência fundamental para sua melhor performance. “Quanto mais controle
você tem da sua performance e do seu corpo, é mais fácil você trabalhar
durante o ano. Como vai ser um ano duro, com muitas competições fortes, a
gente precisa ter controle da nossa capacidade física, do quanto ela
pode durar até o fim da temporada. Então, quanto mais controles, quanto
mais testes, nos ajuda a ter essa base de até onde a gente vai.
Performance é a luta na pista com a ciência trabalhando por trás”,
enfatizou o campeão do último Troféu Brasil de atletismo nos 200m.
Além do Laboratório Olímpico, o Centro de Treinamento Time Brasil conta
com as piscinas de natação e de saltos ornamentais, Sala de Esportes de
Combate, Sala de Força e Condicionamento, Sala de Descanso, Sala de
Avaliação, e o CT de Ginástica Artística.
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