O boxeador Éder Jofre é o maior boxeador e um dos maiores atletas da história do Brasil. 75 vitórias (52 por nocaute), quatro empates e apenas duas derrotas em toda a carreira, unificou os títulos do peso galo nos anos 60 e ainda foi campeão peso pena nos 70 como profissional e foi eleito um dos 100 melhores boxeadores do século XX pela conceita revista 'Ring Magazine'. Mas por pouco ele não conseguiu mais uma glória: como amador, Jofre disputou os jogos olímpicos de Melbourne em 1956 e ficou bem próximo da medalha.
E Eder Jofre era um dos favoritos na sua categoria nos jogos, pois ele chegou à Melbourne invicto como amador, era considerado uma medalha praticamente certa e isso com apenas 20 anos. Mas um erro crasso na preparação do brasileiro praticamente sepultou as chances de medalha. Para treinar com Jofre foi chamado um sparring mais forte e pesado. Resultado: Jofre teve o nariz quebrado às vésperas da competição.
Mas o galinho de ouro recusou ser cortado e decidiu competir com o nariz quebrado. Jofre ficou com dificuldade para respirar pelo nariz e passou a respirar pela boca durante as lutas. Ele folgou na primeira rodada e na segunda, Theyn Myint, de Burma(atual Myanmar) e nas quartas de final enfrentou Claudio Barrientos do Chile, onde foi derrotado em decisão dos juízes, sua primeira derrota como amador. Jofre acabou ficando a uma vitória da medalha.
Nas poucas declarações que deu sobre sua participação olímpica, Eder Jofre disse: "Eu queria muito uma medalha olímpica, lutei muito por isso, mas não deu." Um ano depois, Jofre virou profissional e antes de se tornar campeão mundial e lenda no peso galo, teve sua revanche contra Barrientos em uma luta em 1960, em que o chileno foi nocauteado por Jofre no oitavo round. Barrientos foi nocauteado OITO vezes antes da queda final e dizem, que Jofre descarregou toda a raiva pela derrota sofrida em 56 que lhe causou a perda da sonhada medalha olímpica.
Foto: museudapessoa.net
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