Hugo Calderano é, hoje, o principal atleta do tênis de mesa brasileiro.
Aos 22 anos, é o atual número 6 do mundo, com potencial indiscutível.
No feminino, alguém que também segue o caminho do sucesso: Bruna
Takahashi, com 18 anos, foi campeã mundial de cadetes em 2015, e já é a
atleta mais bem ranqueada do Brasil na categoria. Apesar do nível alto,
porém, os dois nunca haviam jogado juntos em um Circuito Mundial – até o
Aberto da Hungria.
Ainda que fosse a primeira vez como dupla, os dois facilmente se
entenderiam, pela óbvia qualidade mútua. Bruna e Hugo, no entanto, já
haviam dividido o mesmo lado na mesa em outras competições, mas em
torneios de base. Em Budapeste, agora com um desafio maior, disputando
com os melhores do mundo, eles comprovaram sua capacidade: chegaram às
oitavas de final de duplas mistas, após vencerem os italianos Mihai
Bobocica e Debora Vivarelli, por 3 a 0 (11/8, 12/10 e 11/2), e os
croatas Shihao Wei e Jiayi Sun por 3 a 1 (8/11, 11/9, 11/9, e 11/9).
Segundo o técnico Jean-René Mounie, cada um da dupla teve seu papel, e
isso foi importantíssimo para o triunfo nos dois primeiros jogos: “A
Bruna e o Hugo jogaram muito bem nas fases preliminares. Hugo teve
capacidade de fazer a diferença, e Bruna teve consistência”, explicou o
francês. O entrosamento da dupla se deu com facilidade. A eliminação
veio na manhã desta quinta-feira (17), nas oitavas de final, por 3 a 0
(3/11, 6/11 e 4/11), contra os austríacos Stefan Fegerl e Sofia
Polcanova, mas o balanço, segundo o técnico, foi positivo.
“Foi impossível impor nosso jogo porque eles tiveram controle nos
saques e recepções. Quase nunca começamos os pontos como quisemos. Mas
podemos ficar satisfeitos em nos classificarmos para a chave principal”,
explicou. Em busca de melhores resultados futuros, dado o potencial dos
dois, o técnico Jean-René sinalizou que vai investir no aprimoramento
da dupla: “Também mostramos limites contra os melhores da Europa. Agora,
vamos analisar tudo isso com calma”, finalizou.
Foto: ITTF
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