Governo Federal fez, nesta quarta-feira(23), a sua primeira publicação sobre o tema esporte desde a posse do novo presidente Jair Bolsonaro. No início da tarde, quando o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, apresentou as metas consideradas prioritárias para os primeiros 100 dias de governo, o Bolsa Atleta foi mencionado no item "Cidadania", pasta na qual a secretaria de esportes está vinculada desde a extinção do Ministério do Esporte.
Segundo a publicação, a meta do governo é "modernizar o Bolsa Atleta para o estímulo de jovens atletas". Questionada pelo site 'GloboEsporte.com', a secretaria de esportes do Ministério da Cidadania explicou que o intuito da pasta é realizar um "estudo aprofundado" para garantir a "democratização do apoio a todos os atletas brasileiros, das categorias de base até a elite do esporte nacional".
A partir de fevereiro, 2.771 esportistas perderão o Bolsa Atleta, já que programa de incentivo foi reduzido em 47,5% pelo governo de Michel Temer no último dia útil de seu mandato, no dia 28 de dezembro.
"O objetivo é racionalizar a distribuição de recursos de forma equitativa, sem descuidar da preparação para os Jogos de Tóquio 2020. Dessa maneira, a modernização do programa garantirá a manutenção do apoio a atletas olímpicos e paralímpicos brasileiros, sem descuidar das categorias de base. O estudo também inclui a avaliação sobre a necessidade de recomposição do orçamento do programa, que perdeu recursos nos últimos anos" informou o Ministério da Cidadania.
Em média, o número de bolsistas do programa girava em torno de 6.000 a 7.000 por ano. O corte promovido por Michel Temer afetará, sobretudo, atletas mais jovens da categoria "estudantil" e "base", que recebem R$ 370 mensais. O Bolsa Atleta foi criado em julho de 2004 e regulamentado em janeiro de 2005. Em seus 13 anos de existência, o programa distribuiu mais de R$ 1 bilhão a atletas do país.
foto: Valter Campanato/ AG Brasil
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