A polícia austríaca lançou uma investigação sobre cinco biatletas russos e cinco oficiais da equipe por violações de regras antidoping ligadas ao Campeonato Mundial do ano passado em Hochfilzen, o anúncio foi feito nessa quinta (13).
Em um comunicado, a Procuradoria Central da Promotoria de Ofensas Econômicas e Corrupção (WKSTA) confirmou que a investigação dos cinco atletas é "baseada em fraude relacionada à dopagem".
Autoridades do Estado austríaco também estão conduzindo uma investigação sobre o "uso de substâncias proibidas ou métodos para fins de doping" pelos cinco membros da equipe.
A WKTSA disse que os acusados foram informados das acusações, mas não houve buscas ou interrogatórios em Hochfilzen, onde a equipe russa está hospedada para a Copa do Mundo da União Internacional de Biatlo (IBU), a partir de hoje.
De acordo com a russa Match TV, os cinco atletas incluem o medalhista olímpico de Sochi 2014, Anton Shipulin - entre os russos proibidos antes dos Jogos de Pyeongchang - e Alexey Volkov, além do medalhista olímpico de bronze Evgeny Garanichev, medalhista de bronze Alexander Loginov e Irina Starykh.
O ex-técnico da seleção russa Alexander Kasperovich e os médicos e massoterapeutas Artyom Kryntsilov, Alexander Selyavkin, Evgeny Shutov e Dmitry Topychkanov também estão sob investigação, já que o doping é uma ofensa criminal na Áustria.
Os atletas não foram proibidos de competir na Copa do Mundo em Hochfilzen.
Em um post no Instagram, Loginov alegou que eles foram acusados de "alguns esquemas fraudulentos com transfusões de sangue e algo mais".
A União Russa de Biatlo, que continua sendo um membro provisório do IBU após o escândalo de doping do país e recebeu recentemente uma série de critérios rigorosos que precisa cumprir para ser restabelecida, disse que a polícia havia questionado os envolvidos.
A polícia austríaca ainda está investigando o ex-presidente do IBU, Anders Besseberg, e a ex-secretária-geral, Nicole Resch, por suspeita de doping, fraude e corrupção envolvendo atletas russos, cujo relatório deve ser publicado em algum momento no próximo mês.
Besseberg e Resch são suspeitos de aceitar subornos no valor de 300 mil dólares e outros benefícios em troca de uma posição favorável à Rússia - mas negaram as irregularidades.
"O período em questão é o Campeonato Mundial de Biatlo da IBU em Hochfilzen 2017", disse o comunicado da WKSTA.
Foto:Getty Images
0 Comentários