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Coluna Surto Mundo Afora #33

Por Bruno Guedes
 
BASQUETE

Primeira Copa do Mundo de Basquete desde 1970 que não acontecerá no mesmo ano que a do Futebol, as eliminatórias para o Mundial de 2019 já têm alguns dos classificados definidos. O torneio, que ano que vem será na China, agora contará com 32 equipes.
 

Potências nas Américas, Argentina e Estados Unidos foram as primeiras seleções do continente a se garantirem. Os argentinos mostraram que mesmo após mais de uma década do ouro em Atenas 2004 e a aposentadoria do lendário Manu Ginobili continuam com uma equipe forte. Ainda sob o domínio do garrafão com o veterano Luis Scola, a Albiceleste busca esse equilíbrio entre renovação e jogadores clássicos.

Já os americanos, com um time alternativo, vêm jogando um basquete apenas suficiente para a classificação. Contra o Uruguai foram apenas 8 pontos de diferença e uma partida que deu trabalho para os atuais bicampeões mundiais.

Na Ásia/Oceania, Nova Zelândia e Coreia do Sul se juntaram às já classificadas Austrália e China (anfitriã). Com um nível técnico bem abaixo das demais eliminatórias, os times com certa tradição se destacaram e não tiveram trabalho. Os australianos são os que mais conseguem impor a superioridade, como contra a fraca seleção do Catar, onde fez 110 a 57.

Na Europa o equilíbrio é marca, mas as tradicionais escolas também fizeram o dever de casa. Pelo Velho Continente ainda haverá uma rodada final em fevereiro, mas Espanha, Lituânia e França conseguiram a primeira colocação em seus grupos. Já Grécia, Alemanha, Turquia e República Tcheca aproveitaram os bons resultados na primeira rodada e se garantiram no Mundial.

A surpresa fica por conta das derrotas da tradicionalíssima Rússia, que ainda depende de si, mas não está classificada.

Já no continente africano, Tunísia, Angola e Nigéria carimbaram o passaporte para a China.

Ainda é cedo para apontar favoritos ou possibilidades, mas o que vemos é um equilíbrio ao nível do que foi a Rio 2016. Caso os Estados Unidos confirmem grandes estrelas no Mundial, essa balança ficará bem desnivelada e é capaz de repetirem os resultados das Olimpíadas, onde sobraram.

HÓQUEI NA GRAMA

Sem nenhuma dificuldade e goleando quatro dos seus seis jogos, a Seleção Feminina da Holanda foi campeã da Champions Trophy, realizado na China. As holandesas fecham o ano de 2018 comprovando a superioridade no esporte e deixando dúvidas sobre se haverá uma rival à altura nas Olimpíadas de 2020.

Mesmo com uma equipe alternativa, repleta de jovens, a Oranje marcou 20 gols e sofreu apenas três. Sendo que, na revanche da final da Rio 2016, onde ficou com o bronze, goleou por 4 a 0 a campeã olímpica Grã Bretanha. Um nível tão alto que impressionou até mesmo a imprensa holandesa, que não acreditava num desempenho tão bom com o chamado time B.

Após o título, Carlien Dirkse anunciou sua aposentadoria da Seleção. Após 10 anos, dois títulos mundiais e um ouro olímpico, a jogadora deixa o time como uma das últimas da Geração de Ouro. E também uma das últimas. Agora, restam apenas Eva de Goede, Kelly Jonker, Welten e Caia van Maasakker.

Já as Leonas decepcionaram. Argentina vem de um mau momento e custou a queda do seu treinador, Agustìn Corradini, que pediu demissão na terça-feira, dia 4. Apesar do bronze, a equipe jogou mal e foi goleada pela Holanda na primeira fase, equipe que até há alguns anos era a sua maior rival e raramente fazia placar elástico. 

Certamente haverá um forte trabalho de preparação e mudanças visando Tóquio, assim como ocorrerá com a Grã Bretanha. A atual campeã olímpica vem de um ano péssimo, onde perdeu o Mundial em casa e teve um desempenho horrível no Trophy. Os questionamentos são em cima das aposentadorias de pilares do time e a renovação que não teve efeito.

Na Copa do Mundo Masculina, que acontece na Índia, tem um cenário quase inverso. Os atuais campeões olímpicos vão vencendo sem dificuldades. Argentina nesta primeira fase vem se mostrando uma fortíssima candidata ao título. Se no feminino perdeu o poder de competitividade, com os rapazes parece ter crescido. Forte fisicamente, é quase sempre fatal dentro da área.

Mas a Holanda, que vinha de resultados abaixo do esperado, continua oscilando entre grandes vitórias e derrotas. Venceu a Malásia por 7 a 0, mas perdeu para a forte Alemanha por 4 a 1. Max Caldas, argentino que treina a equipe, completou 100 jogos à frente da Oranje em meio às especulações sobre a possibilidade de assumir o time das Leonas.

É pouco provável e apenas boatos. Max vive grande momento na carreira com essa oportunidade e faz um trabalho de reestruturação para Tóquio 2020.

Os alemães, cuja liga é uma das mais fortes do mundo, mostram esse trabalho interno com o desempenho que vem agradando. Assim como no feminino, vive uma transição de gerações mas com alto poder de competitividade. Não é exagero dizer que briga pelo pódio.

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