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Ana Marcela Cunha e Isaquias Queiroz são escolhidos os Melhores Atletas de 2018 no prêmio Brasil Olímpico

Foi realizada a 20ª edição do Prêmio Brasil Olímpico (PBO), realizada nesta terça(18) no Rio de Janeiro. A festa de gala organizada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) coroou a nadadora Ana Marcela Cunha, tetracampeã do Circuito Mundial, e o canoísta Isaquias Queiroz, campeão mundial nas provas C1 500m e C2 500m como os Melhores Atletas do Ano em 2018. Durante a cerimônia, foram relembrados grandes momentos do Time Brasil ao longo dos últimos 20 anos, tempo em que o PBO é realizado, e homenageados nomes históricos do esporte brasileiro.

“Estamos hoje reunidos para celebrar a 20ª edição do Prêmio Brasil Olímpico, um momento muito simbólico para nós. Não apenas para homenagear os principais resultados dos atletas brasileiros em 2018, como para lembrar das grandes conquistas das últimas duas décadas e que seguem inspirando a todos nós. É a partir desses exemplos que construiremos o nosso futuro. Um futuro que precisa ser escrito a cada dia, com coragem e vontade de vencer. Com vontade de se reinventar sempre”, disse Paulo Wanderley, presidente do COB, em seu discurso.

A escolha dos vencedores do Troféu de Melhor Atleta do Ano foi realizada por um júri formado por jornalistas, dirigentes, ex-atletas e personalidades do esporte. Além dos vencedores, concorreram ao troféu de melhor do ano Ana Sátila (canoagem slalom) e Marta (futebol), no feminino, e Gabriel Medina (surfe) e Pedro Barros (skate), no masculino.

Em 2018, Ana Marcela Cunha conquistou o tetracampeonato do Circuito Mundial de Maratonas Aquáticas. Ao longo do ano, a baiana de 26 anos venceu duas etapas da competição, em Belafontured, na Hungria, e em St Lac Jean, no Canadá; além de um segundo lugar na etapa de Victoria, em Seychelles; e duas provas como terceiro em Chun’an, na China, e em Abu Dhabi. Antes, Ana Marcela já havia vencido nas temporadas de 2010, 2012 e 2014. Vencedora do Prêmio Brasil Olímpico de Melhor Atleta do Ano em 2016, Ana Marcela ainda dominou o Campeonato Sul-americano com três medalhas de ouro e garantiu a vaga do Brasil nos Jogos Pan-americanos Lima 2019.

Vencedor do Prêmio Brasil Olímpico de Melhor Atleta do Ano em 2015 e 2016, o baiano Isaquias Queiroz chegou ao tri com um grande desempenho em 2018. Na principal competição do ano, o pupilo de Jesus Morlán, que faleceu em novembro, conquistou mais três medalhas em Campeonatos Mundiais, chegando a dez na história da competição. Em Montemor-o-Velho, Portugal, conquistou o ouro no C1 500m e no C2 500 metros, ao lado de Erlon Souza, e o bronze na prova olímpica de C1 1000m.

O voto popular deu a Henrique Avancini o prêmio de Atleta da Torcida. O ciclista teve 73,5% dos votos. Nascido em Petrópolis (RJ), Henrique Avancini fez de 2018 seu melhor ano desde que começou a pedalar, duas décadas atrás. Em agosto, entrou para a história ao conquistar o título mundial de mountain bike maratona. Também conseguiu o segundo posto no ranking masculino de mountain bike da União Ciclística Internacional (UCI) e o 4º lugar geral do campeonato mundial de Cross-Country (XCO), a modalidade olímpica do esporte – três feitos inéditos na história do ciclismo brasileiro. em outubro, ganhou mais uma edição da ultramaratona Brasil Ride, na Bahia, coroando um ano espetacular. 

Além dele, concorreram ao Atleta da Torcida: Ágatha e Duda (vôlei de praia), Arthur Zanetti (ginástica artística), Bruno Fratus (natação), Bruno Rezende (vôlei), Eduarda Amorim (handebol), Érika Miranda (judô), Gabriel Medina (surfe), Henrique Avancini (ciclismo mountain bike), Letícia Bufoni (skate) e Marta (futebol).

Um dos pontos altos da cerimônia foi a entrega do Troféu COI para o técnico de judô Geraldo Bernardes. Em 2018, a premiação teve o tema “Olimpismo em ação”, destinado a pessoas que tenham promovido a atividade física, a educação e o desenvolvimento por meio do esporte, a igualdade de gêneros e a ajuda aos refugiados por meio do esporte. O mentor Rafaela Silva, campeã olímpica na Rio 2016, e de Flávio Canto, bronze em Atenas 2004, foi um dos fundadores do Instituto Reação que já atendeu mais de 10 mil crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, e orientou os judocas refugiados, Yolande Bikasa e Popole Misenga, tanto no clube quanto nos Jogos Rio 2016.

Além de Geraldo, um dos treinadores brasileiros mais vitoriosos da história, o COB também recordou o legado de dois grandes líderes, falecidos recentemente, durante o PBO 2018. O Troféu de Melhor Técnico Individual passa a se chamar Troféu Jesus Morlán e foi entregue a Fernando Possenti, técnico de Ana Marcela Cunha, ouro na Copa do Mundo de Maratona Aquática em 2018, pelos canoístas Isaquias Queiroz e Erlon Souza. 

Já o Troféu de Melhor Técnico de Esportes Coletivos foi nomeado Troféu Bebeto de Freitas. Renan Dal Zotto, comandante da seleção masculina de vôlei vice-campeã mundial na temporada, recebeu o troféu das mãos de Jorge Barros, o Jorjão, auxiliar técnico de Bebeto durante grande parte de sua carreira.

Como já é tradição, um dos momentos mais emocionantes do PBO 2018, foi a entrega do Troféu Adhemar Ferreira da Silva a Jackie Silva, do vôlei de praia. Primeira medalhista olímpica do esporte feminino brasileiro, com o ouro nos Jogos Olímpicos de Atlanta 96, ao lado de Sandra Pires, a levantadora titular da seleção nos Jogos de Moscou 1980 e Los Angeles 1984 foi homenageada por representar valores como coragem, espírito de liderança e eficiência.

O PBO 2018 fez ainda uma homenagem aos medalhistas nos Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires 2018 e premiou os melhores do ano em 51 modalidades olímpicas.

As celebrações ao passado de glórias começaram ainda antes da cerimônia com o lançamento do Hall da Fama do COB, homenageando personagens que contribuíram de maneira marcante com o esporte olímpico brasileiro, promovendo o olimpismo e inspirando novas gerações. O Hall da Fama foi lançado em grande estilo. Os primeiros atletas a deixarem suas marcas eternizadas foram Torben Grael (vela), dono de cinco medalhas olímpicas; a dupla Sandra Pires e Jackie Silva (vôlei de praia), primeiras mulheres brasileiras a ganharem ouro nos Jogos; e Vanderlei Cordeiro de Lima (atletismo), único brasileiro a receber a medalha Pierre de Coubertin, maior honraria do Comitê Olímpico Internacional.

foto: Alexandre Loureiro/Exemplus/COB

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