Associação Administrativa de Atletismo da Jamaica revelou que o velocista Nesta Carter cumpriu três meses de suspensão de julho a outubro de 2016, confirmando ter sido condenado pelo uso da substância proibida metilhexaneamina detectada em amostra obtida durante as Olimpíadas de Beijing em 2008.
A punição, já prevista desde 2016, incluiu também a perda das medalhas conquistadas no evento. Como Carter fazia parte do time de revezamento 4X100m que ganhou o ouro, todos os outros integrantes da equipe jamaicana que disputou a competição com ele também tiveram suas medalhas cassadas: Michael Frater, Asafa Powell e Usain Bolt.
Nenhum deles teve qualquer evidência de uso ou envolvimento em casos de doping até o momento. Com a decisão, Trinidad e Tobago fica com a medalha de ouro, o Japão com a prata e a equipe brasileira, formada por Vicente Lima, Sandro Viana, Bruno de Barros e José Carlos Moreira com a medalha de bronze. A confirmação da pena significa também a perda do “triplo-triplo” conseguido por Bolt com ouro nos 100m, 200m e revezamento 4x100m em três Olimpíadas consecutivas.
Carter tentou apelar para o Tribunal Arbitral do Esporte após cumprir pena, mas a corte julgou seu pedido como improcedente, e manteve o veredito. A substância metilhexaneamina só apareceu na lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Anti-Doping (WADA) em 2010, mas seu uso já era restrito antes. Outros casos envolvendo a droga anteriores a 2010 resultaram em advertências, o que motivou o velocista a recorrer da decisão mesmo após a sentença.
Outras medalhas do revezamento 4X100m obtidas por Nesta Carter nos Campeonatos Mundiais de 2011, 2013 e 2015, bem como a medalha de ouro das Olimpíadas de Londres até o momento não foram postas em questão.
Foto: AP
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