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Aquecimento global afasta candidatas à sede das Olimpíadas de Inverno, segundo Thomas Bach

O presidente do COI, Thomas Bach, admitiu estar enfrentando dificuldades em conseguir candidatas à cidades-sede de próximas edições das Olimpíadas de Inverno. O dirigente explicou que cidades que antes tinham lucros com atividades como esqui e outros esportes de neve estariam mudando o foco de investimentos para atividades de verão,.

Segundo o dirigente, que falou durante a quinta edição do Encontro de Cidades Inteligentes & Esportes, em Lausanne, Suíça, as cidades estariam prevendo a falta de neve natural causada pelo aquecimento global em 10 anos, e o consequente aumento do custo na realização do evento: "Temos essa atitude onde há mudança de clima em um número de regiões e as pessoas estão dizendo que não faz mais sentido investir em esportes de inverno, já que não vai ter retorno no investimento porque em 10 anos não vai haver neve suficiente, e teríamos que sobreviver apenas com neve artificial".

Além da falta de neve, a necessidade da aprovação da realização dos jogos em referendo, exigida por várias cidades foi citada por Bach como outra razão para a redução do número de candidatas à sede: "Nestes tempos é difícil ganhar um referendo para um projeto estratégico, seja a construção de um aeroporto, estação de trem ou organizar os Jogos Olímpicos".

O número de cidades candidatas para sede das Olimpíadas de Inverno tem se reduzido drasticamente nos últimos tempos. Beijing—sede eleita para os Jogos de 2022—concorreu apenas com Almaty, Cazaquistão, após a desistência de Estocolmo, Oslo, Cracóvia e Lviv. Para 2026, várias cidades que propuseram sediar as Olimpíadas de Inverno já se retiraram da disputa: Innsbruck, na Áustria e Sion, na Suíça desistiram das candidaturas após as propostas serem derrubadas em referendos municipais. Também na Áustria, Graz desistiu da candidatura após denúncias de falta de transparência política e financeira no processo interno. A candidatura de Calgary, no Canadá ainda é mantida pela administração local, mas não é consenso na Câmara dos Vereadores, enfrenta problemas financeiros graves e vai ser votada em referendo no dia 13. Sapporo (Japão) optou por se candidatar apenas para os jogos de 2030 e a candidatura de Erzurum, Turquia, foi descartada por falta de infra-estrutura básica.

Ainda candidatas, as cidades de Milão-Cortina D'Ampezzo, na Itália, dependeriam de apoio financeiro governamental para aprovação. Uma nova candidatura de Estocolmo, Suécia ainda está proposta para o COI, mas não tem apoio político até o momento. Outras possíveis candidaturas de cidades como Telemark, Noruega e uma nova proposta de Almaty foram desmentidas pelas administrações locais.


Foto: Getty Images

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