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Aos 43 anos, Oksana Chusovitina inspira ginastas a brilharem após a maternidade

O termo "mães da ginástica" geralmente traz à mente a imagem de pais dedicados levando seus filhos para praticar o esporte, ajudando na alimentação deles, acompanhando em eventos, dando apoio nas quedas e vibrando nas vitórias.

Porém, no Campeonato Mundial em Doha (QAT), as mães da ginástica eram atletas competindo entre as mais jovens e disputando medalhas.

A lista de competidoras em Doha incluiu quatro ginastas que retornaram ao esporte após darem a luz, o que não é tarefa fácil em um esporte tão exigente. Duas dessas mães, inclusive, disputaram finais: Oksana Chusovitina (UZB) e Aliya Mustafina (RUS), embora tenham ficado fora do pódio.

A eterna Chusovitina, que se encaminha para a disputa de sua oitava Olimpíada em Tóquio/2020, uma marca sem precedentes na ginástica artística, revolucionou o esporte, voltando em alto nível após se tornar mamãe. E as outras três mães da ginástica que foram a Doha - Mustafina, Marta Pihan-Kulesza (POL) e Göksu Üçtaş Şanlı (TUR) a citaram como inspiração.

Aos 43 anos, ela é a única ginasta ativa hoje que competiu sob a bandeira da União Soviética. A expectativa era que ela se juntasse aos seus companheiros da equipe Olímpica de Barcelona/1992, que se aposentaram na década de 90, mas Chusovitina traçou seu próprio caminho. Sete de suas 11 medalhas no campeonato mundial foram conquistadas depois que ela recebeu o filho Alisher, em 1999, incluindo o título mundial no Salto, em 2003, e a medalha de prata em Pequim/2008.

"Todo mundo dizia que, quando você chegasse aos 18 anos, teria que sair, mas não é assim", diz Chusovitina, que em Doha tentou sua décima medalha somente no Salto. "Estou muito feliz que as pessoas estejam dizendo que sou um exemplo".

Alisher, filho de Chusovitina, que foi submetido a tratamento para leucemia em 2002, joga basquete. "Ele me traz alegria todos os dias", diz Chusovitina, durante seu 16º campeonato mundial (desde 1991).

As mamães que retornaram às competições reconhecem a contribuição de Chusovitina, que fez entender que a maternidade não é aposentadoria para as ginastas.

Pihan-Kulesza (POL) afirma que "Chusovitina provou que não é impossível. Você pode fazer isso (voltar a competir após a maternidade) se você se concentrar o suficiente".

Mustafina, que ajudou a Rússia a ganhar uma medalha de prata na final da equipe, é a mais nova mamãe ginasta em Doha, aos 24 anos. A bicampeã olímpica nas barras assimétricas deu a luz a sua filha, Alisa, em junho de 2017, também falou sobre Chusovitina: "Oksana é uma pessoa maravilhosa. Ao olhar para ela, entendi que era possível voltar".

Chusovitina vai quebrando todos os limites até então impostos às carreiras das ginastas, mostrando que é possível, embora não seja fácil, continuar em alto nível após ser mãe e ultrapassando a barreira dos 40 anos.

Foto: USAtoday

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