Últimas Notícias

Alyson Charles e irmãos da Hungria se destacam na etapa de Salt Lake City da Copa do Mundo de Patinação de Velocidade em Pista Curta

Quebras de recordes, antigos favoritos que voltaram a vencer, um veterano mostrando combatividade após mais de uma década e meia competindo, novatos em ascensão e medalhas de ouro decididas no photofinish: não faltou emoção nas provas da Copa do Mundo de Patinação de Velocidade em Pista Curta, disputadas neste final de semana em Salt Lake City, EUA. O final de semana consolidou as ótimas fases dos irmãos Shaoang e Shaolin Sandor Liu, da Hungria, da holandesa Suzanne Shulting, da canadense Alyson Charles (foto) e do chinês recordista mundial Wu Dajing.

Feminino:

A coreana Choi Min Jeong mostrou que está recuperando o ritmo de competição: venceu com boa vantagem a prova dos 1500 metros, com a também coreana Kim Ji Yoo em segundo e Li Xiuan da China em terceiro. 

Vinda de um período de poucos treinos após recuperação de uma lesão no joelho e um resultado fraco na etapa da Copa do Mundo de Calgary, Choi, considerada a rainha da patinação em pista curta e vencedora de dois ouros olímpicos e onze ouros mundiais em diversas categorias ainda se disse beneficiada pela sorte desta vez, e guarda expectativas melhores para o Mundial de 2019, em Sofia, Bulgária: "Eu não esperava esse resultado porque venho lutando muito nesta temporada. Tive uma lesão no joelho no começo do ano, então até agora esta temporada tem sido bem difícil. Talvez eu esteja de volta ao meu melhor por volta de março."

Choi também participou da equipe de revezamento 3000 metros pela equipe da Coréia que venceu o ouro na etapa de Salt Lake City, com a Rússia ficando com a prata e o Japão a medalha de bronze.

Nas duas competições dos 1000 metros, confirmação de favoritismo e surpresas. Na primeira prova, vitória da campeã olímpica Suzanne Shulting, da Holanda, que já vinha de dois ouros nos 1000 e 1500 metros da etapa de Calgary. Mesmo sem impor a mesma distância de metros à frente da segunda colocada que se viu na prova do Canadá, Shulting foi dominante em todas as suas baterias e disse que a vitória em Salt Lake City foi ainda mais satisfatória que a de Calgary, dadas as suas condições de cansaço físico: "Eu estava patinando com tanta intensidade na última semana, mas considerando que ainda consigo ganhar mesmo estando cansada aqui,acho que é uma vitória dupla, tripla." Em segundo ficou a russa Sofia Prosvirnova, com a chinesa Fan Kexin em terceiro lugar.

Na segunda competição dos 1000 metros, a canadense Alyson Charles começou o dia na repescagem após terminar em 3o. sua bateria qualificatória e não avançar direto para as quartas de final. Venceu as duas baterias de repescagem, as quartas de final e as semifinais, e seguiu no mesmo ritmo até vencer o ouro, numa final de disputa intensa com a alemã Anna Seidel, decidida no photo finish. Charles, que estreou na Copa do Mundo em Calgary, na semana anterior, onde conquistou duas medalhas de bronze nos 500 metros não se descreve como especialista na prova dos 1000 metros e disse estar surpresa com os resultados: "É um pouco surreal: eu não esperava ter nem uma medalha na última semana, então um ouro aqui é um pouco maluco". O bronze ficou com a sul-coreana Noh Ah Rum.

Nos 500 metros, a vice-campeã mundial Natalia Maliszewska, da Polônia, repetiu o bom desempenho da etapa de Calgary vencendo o ouro após outra disputa apertada com a holandesa Suzanne Schulting. Em terceiro ficou a chinesa Fan Kexin.

Masculino:

Wu Dajing, da China, conquistou o ouro com o recorde mundial na prova de 500 metros. Numa prova extremamente veloz, com os três primeiros colocados terminando abaixo de 40 segundos, Wu, que já era o detentor do melhor tempo do mundo conseguiu abaixar a própria marca com o tempo de 39.505 segundos. A prata ficou com o coreano Lim Hyo Jun e o bronze com Shaoang Liu, da Hungria.

Shaoang Liu também competiu nos 1000 metros, onde tentou mais uma vitória e recebeu o apoio na pista do irmão, Shaolin Sandor Liu: "Meu plano era deixar ele ganhar. Eu queria que ele ficasse no topo da classificação, então o plano era ajudá-lo o quanto eu pudesse", revelou Shaolin, que durante a prova seguiu Shaoang e manteve a distância dos outros competidores sob controle. Mas Shaoang começou a perder velocidade e consistência de performance, permitindo a a proximação do chinês Ren Ziwei e do coreano Park Ji Won. 

Shaolin ultrapassou o irmão, e acabou ganhando o ouro em uma vitória apertada, com Ren em segundo e Park em terceiro, a pouco mais de um décimo de segundo. Shaoang, após se atrapalhar com Park na chegada acabou penalizado.

Na outra final dos 1000 metros, vitória do coreano Hong Kyun Hwan, com o russo Denis Ayrapetyan em terceiro e o veterano francês Thibaut Fauconnet em segundo. Aos 33 anos de idade e competindo no 16o. ano de carreira senior, Fauconnet comentou sua longevidade no esporte com bom humor: "Eu gosto de correr contra esses meninos. Eu tento o meu melhor e isso me mantém me sentindo jovem. Nem tudo foi perfeito hoje, mas ao longo da minha carreira eu aprendi que cada medalha é especial porque a cada vez é diferente". Thibaut Fauconnet já tem planos para a aposentadoria, onde pretende dar aulas, mas diz que não está pronto para deixar as competições ainda, e acrescentou: "Meu médico diz que sou um viciado em ácido lático, porque eu amo demais a dor, a sensação de ácido lático nos músculos. Treinar todo dia e experimentar isso é o porquê do jeito que eu vivo."

Nos 1500 metros, assim como aconteceu na prova feminina, outro favorito volta a ganhar após uma atuação fraca em Calgary: o holandês Sjinkie Knegt, medalha de prata nas Olimpíadas de PyeongCheng ganhou o ouro, à frente de Lee June Seo da Coréia e do canadense Steven Dubois. Knegt, mesmo vencendo com folgas descreveu a prova como difícil: "A nove voltas do final eu não esperava vencer, mas estou bem feliz como tudo ficou e eu pude terminar em primeiro. Meu condicionamento ainda definitivamente não é o que precisava ser, mas estou me sentindo melhor a cada corrida."

O revezamento 5000 m terminou com a equipe da Hungria liderando de ponta a ponta e vencendo o ouro, à frente das equipes da China e da Rússia. Na competição de revezamento misto 2000 metros, outra vitória da Hungria, após uma disputa intensa onde a equipe da Holanda liderou boa parte da prova, até ser alcançada nas duas voltas finais por Shaolin Sandor Liu, que ultrapassou Sjinkie Knegt nos últimos metros. O terceiro lugar ficou com a equipe da França.



Foto: ISU 

0 Comentários

.

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar