O ex-presidente da US Gymnastics—órgão máximo da ginástica nos EUA—Steve Penny foi preso ontem em Gatlinburg, Tenesse, após um júri no Texas declarar que são procedentes as acusações de acobertamento e possível destruição de evidências na investigação dos abusos sexuais cometidos por Larry Nassar, ex-médico da entidade condenado à 175 anos de prisão por molestar mais de 150 mulheres e meninas.
Segundo um comunicado emitido pela procuradoria do distrito de Walker, em Huntsville, Texas, Penny, que reside num subúrbio de Indianapolis, foi localizado e preso pela força-tarefa de captura a fugitivos do Tenesee e aguarda extradição entre Estados.
Penny, que deixou o cargo em março 2017, é acusado de ordenar a remoção e destruição de documentos incriminadores do rancho do treinador Bèla Karolyi, espaço que era administrado pela US Gymnastics próximo à Huntsville onde Nassar teria cometido diversos abusos. Segundo o indiciamento, Penny ordenou a remoção dos documentos após saber que as autoridades de Walker conduziriam buscas no local. Os documentos teriam sido entregues ao então presidente da US Gymnastics na sede da entidade em Indianapolis e então desapareceram: "Até o momento essas evidências não foram recuperadas e sua localização é desconhecida", declarou a procuradoria do distrito.
A defesa do ex-presidente disse estar otimista quanto ao esclarecimento do caso à favor do acusado: "o Sr. Penny está confiante que quando todos os fatos forem conhecidos, todas as alegações contra ele serão provadas falsas" declarou Leigh Robe, um dos advogados contratados. A defesa também afirmou que Penny não teria tentado fugir, mas estaria em férias com a família no Tenessee sem saber do indiciamento, e o ato da força-tarefa teria constituído brutalidade policial.
Se declarado culpado, Penny pode receber pena de 2 a 10 anos de prisão, mais multa de 10 mil dólares.
Foto: U.S. Marshals Service
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