Eduardo Fischer é o novo diretor de Natação da Confederação Brasileira de
Desportos Aquáticos. Atleta olímpico, medalhista em Mundial e formado em direito,
ele assume o cargo a convite do presidente da CBDA, Miguel Carlos Cagnoni. Até
então, Fischer era o coordenador de Natação da região Sul na Confederação.
Fischer foi recordista sul-americano
no nado peito, medalhista no Mundial de 2002, em Moscou, além de ter duas
medalhas em Jogos Pan-Americanos (100m peito e 4x100m medley). Agora ele assume
o cargo de executivo da modalidade onde teve sucesso durante toda a sua carreira.
“É uma função muito importante
dentro da CBDA e vai ser um desafio muito grande. Sempre batalhei e argumentei
contra a gestão passada sobre o que eu acreditava que era feito de maneira
equivocada por pessoas que, talvez, não estavam tão capacitadas. Sempre tentei
fazer com que os atletas tivessem mais proximidade com a Confederação e agora
eu, um ex-atleta, tenho a possibilidade de atuar em prol do meu esporte”,
disse.
Fischer entrou para a seleção
brasileira de Natação em 1999 e, desde 2002, posicionou-se sobre o que
acreditava ser certo e o que poderia ser melhorado dentro da CBDA. Agora, ele já
pensa em como pode trabalhar para auxiliar no desenvolvimento do esporte.
“A gente, antes, não era nem
ouvido, nem recebido, quiçá tinha participação em qualquer ato administrativo.
Eu entendo que, depois de quase 30 anos da antiga gestão, as coisas levem um
tempo de maturação de entendimento para a reestruturação. A gente tem que
entender que a mudança é complexa, que as pessoas são um pouco reticentes. Não temos
como mudar tudo de uma gestão de 30 anos em dois ou três anos. Temos que
entender o momento e agir. Será uma honra muito grande”, falou.
"A
Comissão Nacional de Atletas pediu uma reunião recentemente para
entender a posição atual da CBDA. Eles (atletas) fizeram vários
questionamentos, requereram vários documentos e ficou acertado que os
balancetes trimestrais seriam entregues aos representantes das
modalidades. Isso estreitou a relação entre CBDA e Comissão Nacional de
Atletas e vai elucidar um pouco a situação atual da CBDA para que eles
entendam o que a Confederação tem de verba bloqueada, o que recebe. Foi
muito importante", completou.
O ex-nadador, que atuava também
como advogado da Comissão Nacional de Atletas, conta que teve o apoio dos
próprios atletas para assumir o cargo na CBDA.
“Todos os atletas me apoiaram e
disseram que eu posso fazer um bom trabalho. Vou ter que abrir mão desse cargo
na Comissão por questão ética, mas tive o suporte deles para ser o novo diretor
de Natação da CBDA. Fico feliz de ter esse apoio deles e fico orgulhoso pela
atual gestão me confiar essa responsabilidade”, finalizou.
Foto; CBDA
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