Prestes a completar um ano no cargo de presidente do COB, Paulo Wanderley comentou em entrevista no Espírito Santo para o jornal 'A Gazeta' - local onde começou sua carreira como técnico de judô - falando sobre o período, que se iniciou quando teve que assumir o COB diante da renúncia de Carlos Arthur Nuzman após os escândalos de compra de votos para a candidatura dos Jogos olímpicos Rio 2016.
Com a experiência de ter sido presidente da CBJ (Confederação brasileira de judô) por 16 anos, Paulo arrumou a casa, limpou o caixa e, inclusive, já inicia as perspectivas para o desempenho do Brasil em Tóquio-2020. Paulo comentou o que o COB fez nesse um ano com o seu comando:
"Demos uma boa enxugada na equipe, que passou de 260 para 200 funcionários. A folha de pagamento, que era bastante alta, foi reduzida em aproximadamente 30%. Os contratos foram reduzidos entre 10 e 50%, inclusive com cancelamentos. Na distribuição de recursos que o COB faz para as federações, quem entregou mais, recebeu mais. Parece lógico, Mas nem sempre funcionava assim. Os critérios de distribuição têm duas vertentes: esporte e governança. Tem que ter resultado e boa administração. Todas as federações estão aderindo e faz parte dos critérios hoje impostos. " Disse Paulo Wanderley
Paulo também comentou da transparência que agora o COB tem: "Quanto à transparência, o Comitê hoje é uma entidade totalmente aberta à comunidade, à imprensa, ao governo e aos próprios colaboradores internos. Todo mundo sabe o que tudo está acontecendo, está tudo no portal: salários, contratos... Essa transparência veio consolidar a imagem positiva que o COB está tendo. Temos um bom relacionamento com entidades internacionais, como Comitê Olímpico Internacional (COI), governo, Ministério do Esporte, atletas. Isso foi graças à reforma estatutária feita logo quando assumi."
Paulo admite que ficou incomodado com a situação que teve assumir o COB, mas comemora ver que a imagem do COB vem melhorando desde então. Sobre a evolução e as expectativas do esporte brasileiro para Tóquio 2020: "Tivemos um diferencial muito grande porque participamos com muitos atletas, já que o Brasil seria sede. Para Tóquio a equipe deve ser menor, com uns 250 atletas. O termômetro maior vai ser o campeonato mundial de cada modalidade em 2019, além do Pan-Americano de Lima. Ou seja, no ano que vem conseguiremos ter uma noção melhor da realidade e da expectativa de medalhas para Tóquio."
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