A hegemonia do voleibol feminino de base do Brasil na América do Sul
será posta à prova a partir desta quarta-feira (17.10), em Lima (PER),
com a realização do XXIV Campeonato Sul-Americano sub-20 feminino. Com
19 títulos as brasileiras são as maiores vencedoras da competição, que
tem somente o Peru, com quatro ouros, como outro vencedor na história.
Além do título, a competição classificará as duas melhores equipes para o
Mundial da categoria, que acontece no México em 2019.
Apesar do amplo retrospecto favorável, já que o Brasil não perde um
torneio continental na categoria desde 1988, o treinador da seleção
brasileira, Wagner Copini, o Wagão, acredita em um equilíbrio de forças,
mas está confiante no bom desempenho das brasileiras.
“A expectativa é muito positiva, nos preparamos bem para a
competição, fizemos amistosos contra equipes adultas e o desempenho foi
bom. Acredito que a nossa equipe já esteja jogando com uma consistência
boa, mas acredito que iremos auferir isso ne competição aqui. Temos
ciência da dificuldade que enfrentaremos, pois Argentina, Peru e
Colômbia são três equipes que considero concorrentes diretas pela vaga
no mundial, e estão se preparando forte desde abril. São equipes que
estão treinando e até mesmo competindo há seis meses. Independentemente
disso estamos confiantes, pois a equipe demonstrou bom equilíbrio e
volume de jogo, vamos fazer um bom papel”, disse o treinador.
O Sul-Americano terá oito equipes da briga pelo título, divididas em
dois grupos. No grupo A estão as peruanas, donas da casa, além das
seleções do Uruguai, do Chile e do Equador. O Brasil está no grupo B
junto de Bolívia, Colômbia e Argentina. As bolivianas serão as
adversárias da estreia nesta quarta-feira, às 16h (horário de Brasília).
Para Wagão a ordem dos confrontos na primeira fase ajudará na aquisição
de ritmo de jogo para o time brasileiro.
“Nosso grupo é bastante difícil com três equipes candidatas à vaga no
mundial. De certa forma, a ordem dos nossos jogos até nos favorece, o
primeiro adversário será a Bolívia, que tem menos experiência
internacional, o que é bom para nós, já que temos algumas atletas que
ainda não jogaram pela seleção, e jogar contra um adversário mais
frágil, quebra essa tensão da estreia. A Colômbia é um time que tem
jogadoras que já atuam entre as adultas, tem uma rodagem maior. E a
Argentina é o mesmo grupo jogando junto há algum tempo e em evolução.
Acho que essa sequência nos dará um bom ritmo de jogo”, comentou Wagão.
A delegação brasileira no Sul-Americano em Lima é composta pelas
levantadoras Rose Nogueira (1,73m) e Nicole Drewick (1,82m); as opostas
Jheovana Sebastião (1,88m), Kisy Nascimento (1,87m) e Daniela Cecheto
(1,83m); as ponteiras Beatriz Santana (1,79m), Tainara Santos (1,86m) e
Julia Bergmann (1,91m); as centrais Laura Kudiess (1,72m), Daniela Seibt
(1,88m) e Larissa Besen (1,88m); e a líbero Keyla Ramalho (1,63m).
Foto: CBV
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