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As ginastas que prometem ser protagonistas no Mundial no Catar

O Mundial de Ginástica Artística de Doha, no Catar, começou com tudo entre os homens. Foram definidos todos os finalistas por aparelhos, individual geral e por equipes.

Agora é a vez das mulheres fazerem o ginásio reluzir. A maior expectativa fica por conta do retorno de Simone Biles. A americana passou um ano sabático e veio com tudo nas seletivas americanas. Agora quer fazer história em Doha, se isolando como a atleta mais vitoriosa no individual geral. Ela já é tricampeã.

O Surto Olímpico fez um apanhado com as melhores notas do ano em cada aparelho (em eventos internacionais), o histórico recente das atletas e os mundiais passados, principalmente Glasgow (GBR) e Montreal (CAN), para dedicar algumas linhas sobre as ginastas favoritas aos títulos em 2018.

INDIVIDUAL GERAL

Simone Biles (USA): A americana é tricampeã mundial no individual geral (Antuérpia/2013, Nanning/2014 e Glasgow/2015). Uma vitória em Doha deixará Biles isolada como a ginasta mais vezes campeã mundial no individual geral. Além disso, foi medalha de ouro na Olimpíada do Rio/2016. Páreo duríssimo para as demais atletas.

Aliya Mustafina (RUS): bronze em Londres/2012 e no Rio/2016, a russa foi ainda campeã mundial em 2010 (Roterdã) e bronze em 2013 (Antuérpia). A ginasta volta às competições desse porte após ser mamãe no ano passado.

Ellie Black (CAN): Finalista no Rio/2016, a canadense garantiu a medalha de prata no mundial de Montreal, em sua casa. Este ano foi medalhista de ouro nos Jogos da Comunidade Britânica.

Asuka Teramoto (JAP): outra finalista nos Jogos do Rio/2016, quer mostrar evolução nesse ano.

Morgan Hurd (USA): ouro no mundial 2017, a jovem atleta de 17 anos quer mais. Ela foi prata na fortíssima seletiva americana, atrás de Biles.

Mai Murakami (JPN): 4º lugar no mundial 2017, em Montreal, a japonesa quer ser expoente do desenvolvimento da ginástica feminina de seu país para a Olimpíada de Tóquio/2022, em casa. A terceira melhor nota do ano no aparelho também a credencia à disputa.

Chen Yile (CHN): 5ª melhor nota no mundo no individual geral este ano, foi campeã dos Jogos Asiáticos. Levou três medalhas de ouro na ocasião. Tem só 16 anos e faz parte da nova geração da sempre forte equipe chinesa.

SALTO

Simone Biles (USA): Medalhista de ouro na Rio/2016. Por incrível que pareça, a medalhista de ouro nesse aparelho no Rio/2016 ainda busca seu primeiro título mundial no salto. Ela foi prata em Antuérpia/2013, prata em Nanning/2014 e bronze em Glasgow. Fez uma nota de 16.000 na seletiva americana.

Oksana Chusovitina (UZB): a mais, digamos, experiente entre as atletas, enquanto estiver na ativa, não pode ser ignorada entre as candidatas ao pódio no salto. A ginasta tem em seu currículo 8 medalhas no aparelho. Respirem fundo: prata em 1991, bronze em 1992, prata em 2001, bronze em 2002, ouro em 2003, prata em 2005, bronze em 2006, prata em 2011. Além disso, foi medalhista de prata nos jogos olímpicos de Pequim. Finalista no mundial de Montreal e na Olimpíada Rio/2016. Dá pra duvidar dessa jovem senhora de 43 anos? 

No salto, diversas atletas medalhistas olímpicas e mundiais não virão para o Mundial de Doha, o que poderá abrir espaço para novas candidatas. Rebeca Andrade conseguiu um notaço nas olimpíadas do Rio/2016, mas não fez o segundo salto naquela ocasião, razão por que não se credenciou para final. Vamos torcer que ela tente o mundial.


TRAVE

Simone Biles (USA): Mais uma prova em que é favorita. A americana é bicampeã mundial (Antuérpia/2013 e Nanning/2014) e detentora de um bronze (Glasgow/2015). No Rio teve que se contentar com um bronze também, após um grande desequilíbrio na trave. Vem com tudo pra retomar o título mundial.

Sanne Wevers (HOL): grande surpresa na Rio/2016, desbancou as favoritas Biles e Laurie Hernandez, garantindo a medalha de ouro para os holandeses.

Marine Boyer (FRA): surpreendeu no Brasil, em 2016, ao ir para a final do aparelho e ficar em 4º lugar. Pode voltar a figurar entre as finalistas.

Flávia Saraiva (BRA): 5º lugar na Rio/2016, a campeã mundial em carisma, se classificou com a 3º maior nota naquela ocasião, porém não repetiu o desempenho na final. Se a nota da qualificatória tivesse sido repetida, a pequena notável arrancaria o bronze de Simone Biles. Está com uma das melhores notas do ano: 14.667 conquistado no Pan-Americano da modalidade.

Morgan Hurd (USA): Prata no desabitado campeonato mundial de Montreal/2017, quer mostrar que a medalha não foi um mero acaso.

Mai Murakami (JPN): finalista no mundial 2017, em Montreal (CAN), terminando a competição em quarto lugar, pretende subir um degrau pelo menos.

Ellie Black (CAN): presente nas últimas três finais do aparelho em mundiais, está entre as atletas com potencial para medalhar.

Kara Eaker (USA): figurando entre as melhores do ano no aparelho, faz parte da renovação americana visando Tóquio/2020. Foi medalhista de ouro no Pan-Americano, neste aparelho, desbancando Flávia Saraiva.

Chen Yile (CHN): campeã dos Jogos Asiáticos (Jakarta/2018) neste exercício, tem tudo pra ser uma das melhores novatas na competição.

SOLO

Simone Biles (USA): Biles defende o tricampeonato em Doha, uma vez que não disputou o mundial de Montreal/2017. Ela é a atual campeã olímpica no Rio/2016 neste aparelho. Favoritíssima.

Mai Murakami (JAP): finalista na Rio/2016, foi medalhista de ouro no mundial 2017. Ainda traz a segunda melhor nota do ano no aparelho.

Flávia Saraiva (BRA): não é a principal prova da nossa brasileira, mas ela tem registrada uma das melhores notas em eventos internacionais no ano, conquistada no Pan-Americano da modalidade.

Morgan Hurd (USA): A atual campeã mundial do individual geral detém uma das melhores notas do ano.

Angelina Melnikova (RUS): a russa de apenas 18 anos já tem no currículo uma medalha de ouro no campeonato europeu da modalidade, em 2017 (Club-Napoca), além de registrar umas das notas mais altas do ano.

BARRAS ASSIMÉTRICAS

Aliya Mustafina (RUS): dona ouro olímpico na Rio/2016, a russa tem ainda duas medalhas em mundiais nesse aparelho: prata em 2010 (Roterdã), bronze em 2013 (Antuérpia).

Sophie Scheder (GER): medalhista de bronze no Rio, foi vice campeã nos jogos europeus de 2015.

Elisabeth Seitz (GER): 4º lugar na Rio/2016, procura manter a tradição germânica de bom desempenho nas assimétricas.

Nina Derwael (BEL): bronze no mundial de Montreal/2017, tem colecionado boas apresentações desde o ano passado.

Morgan Hurd (USA): Umas das melhores notas do ano no aparelho, entre as americanas, em tese, é a que mais se destaca no exercício.

Simone Biles (USA): único aparelho em que Biles não tem medalha em mundiais ou em Olimpíada. Contudo, deu show no campeonato americano (ganhou todos os exercícios), uma espécie de cartão de visitas, após seu período sabático.

Vale lembrar que Vanessa Ferrari (ITA), Hong Un-jong (PRK), Elena Eremina (RUS), Maria Paseka (RUS), Giulia Steingruber (SUI), Aly Raisman (USA), Amy Tinkler (GBR), Wang Yan (CHN), Jade Carey (USA), Cláudia Fragapane (GBR), Pauline Schafer (GER), Tabea Alt (GER), Madison Kocian (USA), Fan Yilin (CHN), destaques nos últimos dois mundiais e/ou na Olimpíada do Rio, inclusive muitas das quais saíram medalhistas, não estarão competindo em Doha.

EQUIPE BRASILEIRA


O time feminino do Brasil é experiente, embora jovem. Terá Anna Júlia Reis, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Rebeca Andrade e Thaís Fidélis. Daniele Hypolito sofreu lesão muscular na panturrilha e não disputará a competição.

A ginasta Jade Barbosa já conquistou duas medalhas nesse evento: bronze no individual geral em Stutgart/2007 e no salto em Roterdã/2010. É uma atleta bastante constante. Infelizmente, durante sua carreira, enfrentou várias lesões seríssimas. Mas está em grande fase. Além de Flávia, que está entre as melhores ginastas na trave e no solo, Rebeca Andrade é outra jovem com grande potencial. Na Olimpíada do Rio, ela se qualificou para a final do individual geral com a 3ª maior nota. Se tivesse repetido o desempenho na final, teria garantido uma medalha. Então, não duvide dela. Thaís Fidélis foi 4º lugar no solo no mundial de Montreal/2017, resultado que surpreendeu e a credencia para buscar uma nova final e ajudar a equipe brasileira.

Além de chegar às disputas pelo pódio, outra meta dos brasileiros é terminar entre os 24 primeiros países do mundo para poder participar com equipes completas do Mundial de 2019, quando serão definidas a maior parte das vagas para a Olimpíada de Tóquio, em 2020.

Fotos: 1) thepenínsulaqatar.com; 3) NBCSports; 2 e 4) Ricardo Bufolin/CBG

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