A seleção brasileira de judô realiza, nesta semana,
em Pindamonhangaba (SP), os últimos treinos com todos os atletas dos
times masculino e feminino que representarão o Brasil no Campeonato
Mundial, entre 20 e 27 deste mês, em Baku, capital do Azerbaijão.
No total, 22 atletas competirão no Azerbaijão: nove na chave
masculina, nove na chave feminina, além de quatro convocados para a
competição por equipes. A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) dividiu
os judocas em dois grupos, que embarcam para a França nos dias 13 e 16,
onde farão a aclimatação na cidade de Sainte-Généviève de Bois, nos
arredores de Paris, antes da chegada a Baku.
Os treinamentos em Pindamonhangaba seguem até o fim da manhã de
quarta-feira (05.09). Depois, os judocas retornam às suas cidades e
seguem com os treinos até o dia do embarque para a França.
O grupo que competirá em Baku mescla um time de experientes
medalhistas em Mundiais, como Rafaela Silva (57kg), Mayra Aguiar (78kg),
Érika Miranda (52kg), Maria Suelen Altheman (+78kg), Rafael “Baby”
Silva (+100kg), David Moura (+100kg) e Victor Penalber (81kg), com
atletas que pela primeira vez disputarão um Mundial sênior.
Em 2018, Daniel Cargnin (66kg), Eduardo Yudi (81kg), Rafael
Macedo (90kg), Gabriela Chibana (48kg), Jéssica Pereira (52kg) e Beatriz
Souza (+78kg) farão suas estreias na categoria adulta, além de Tamires
Crude (57kg) e Ellen Santana (70kg), convocadas para o torneio por
equipe.
Outra novidade para este Mundial vem da comissão técnica, com a
japonesa Yuko Fujii, 36 anos, tendo assumido, no fim de maio, a missão
de atuar como técnica da seleção masculina. Ela é a primeira mulher a
comandar o judô masculino na história da modalidade no país.
Antes de desembarcar no Brasil, Yuko trabalhou no British Judo
Performance Institute, de 2010 a 2012, com a equipe nacional da
Grã-Bretanha que conquistou, nas Olimpíadas de Londres 2012, uma medalha
de prata, com a meio-pesado (78kg) Gemma Gibbons, e um bronze, com a
pesado (+78kg) Karina Bryant.
“Eu cheguei ao Brasil em 2013 e comecei a trabalhar em todas as
categorias: juvenil, júnior, sênior, equipe olímpica masculina e
feminina, então ganhei bastante experiência”, explica Yuko. “Na seleção
masculina, já conheço todos os atletas e eles conhecem como trabalho.
Então, para mim, não tem nada especial. Não tem mudança. Estou
acostumada”, diz.
“O que a gente pode dizer é que a equipe está muito bem
preparada. Foi uma das melhores preparações em termos de detalhe e são
pequenos detalhes que fazem a diferença entre uma medalha de bronze e um
quinto lugar, uma prata ou um ouro”, analisa Ney Wilson, Gestor Alto
Rendimento da CBJ.
“Então, todos os detalhes passam a ser importantes, seja um bom
descanso, seja não deixar de fazer a parte de recuperação,
fisioterapia, e todos esse pontos estão sendo cuidados aqui. Depois
desse trabalho, vamos fazer uma aclimatação na França, onde ganhamos
cinco horas, para chegarmos em Baku faltando só duas horas, pois são
sete horas de fuso (a mais, em relação ao horário de Brasília). Todos os
detalhes estão sendo pensados para que os atletas possam ter a melhor
performance”, prossegue Ney Wilson.
Tanto a comissão técnica quanto os judocas evitam falar em
metas para Baku, no que diz respeito a número de medalhas. Mas a
confiança em uma campanha com pódios é alta. No Mundial do ano passado,
disputado em Budapeste, na Hungria, o Brasil faturou cinco medalhas:
ouro com Mayra Aguiar, prata com David Moura e na disputa por equipes
mistas, e bronze com Érika Miranda e Rafael Silva.
Foto e com informações de: Rede do Esporte
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