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Coluna Surto Mundo Afora #28

Por Bruno Guedes


Basquete

Sem a Seleção Brasileira, o Mundial de Basquete vem mostrando como o esporte se popularizou graças às diversas ações da WNBA e da própria FIBA. A zebra passeou nos primeiros jogos e equipes apontadas como "saco de pancadas" acabaram surpreendendo, como Japão e Senegal.

Vale lembrar que o incentivo ao esporte e seu fomento vão além da contratação de jogadoras. A exemplo do que acontece na NBB, no Brasil, há um intercâmbio para desenvolvimento de ligas e planos esportivos em diversos países. E o resultado estamos vendo em Tenerife, na Espanha, onde acontece o torneio.

Grandes favoritas, Estados Unidos, Austrália e Canadá começaram sem sustos. As australianas tiveram a liderança técnica da grande estrela do Dallas Wings, da WNBA, a pivô Elizabeth ´Liz´ Cambage. A jogadora lidera as estatísticas de média de pontos, eficiência e é a terceira em rebotes.

Mas a grande surpresa está nas consideradas seleções menos tradicionais. O Japão superou a forte seleção belga, da pivô do Washington Mystics Emma Meesseman, e as senegalesas bateram a Letônia. Resultados considerados surpreendentes. Senegal se tornou a primeira africana a bater uma equipe europeia em Mundiais.

Para premiar essa mundialização esportiva, a Nigéria conseguiu se classificar para as quartas de finais e colocar pela primeira vez uma equipe africana entre as oito melhores do planeta. Só que agora o desafio é mais que épico, quase impossível: Os Estados Unidos.

Tais momentos acabam coroando a tentativa de descentralizar o poderio do esporte que há décadas está nas mãos das americanas, praticamente imbatíveis. É desejo da FIBA que o basquete atinja diferentes públicos e se desenvolva à nível mundial. Tanto no feminino, quanto no masculino.

Com as fortíssimas ligas dos EUA, NBA e WNBA, é difícil igualar metodologias e desenvolvimentos. Porém, é justamente a partir da experiência de ambas, que as federações tentam alavancar as suas. Não parece que será desta vez que as americanas serão superadas, mas o caminho está sendo pavimentado. Quem não trabalha para fomento esportivo e apoio, fica de fora. Como o Brasil.

Vôlei

Se em um esporte buscam maior equilíbrio, no vôlei ele parece estar no seu auge. Após a eliminação da fortíssima França, última campeã da Liga Mundial e vice da Liga das Nações, O Mundial masculino chega à sua terceira fase com seis equipes na briga pelo título.

O Grupo I - Brasil, Rússia e Estados Unidos - é o mais forte e contém exatamente os três últimos campeões olímpicos, mostrando o nivelamento e rotatividade de reinado. Já o Grupo J - Itália, Polônia e Sérvia - traz as demais seleções que vêm roubando títulos em torneios diversos dos outros citados anteriormente.

Rússia e Estados Unidos, nos últimos 10 anos, são as principais rivais do Brasil, tratada como maior potência do vôlei neste século. Com as mudanças de gerações e comando técnico, ambas novamente se lançam como grandes aspirantes para derrubar a atual campeã olímpica.

Os russos sobrevivem em meio à desconfiança dos seus esportes olímpicos e acusações de doping, mas no voleibol continuam fortíssimos. Já os americanos oscilam pouco e sempre apresentam novos nomes e mesmo poderio, como acontece agora. Os europeus não conseguiram e ainda perderam para os EUA, classificando a seleção brasileira.

Atual medalha de prata na Rio 2016, a Itália é a seleção que mais vem tentando se reerguer após dominar o esporte nos anos 90. Traz uma ótima geração e rivalizará com outra potência em crescente esportiva, que é a Sérvia. As duas seleções do país, masculinas e femininas, figuram entre as melhores e mostra o grande desenvolvimento interno.

Já a Polônia, como herdeira da mentalidade esportista da ex-União Soviética, manteve seu nível técnico e incomodando as demais durante anos. O que veremos nessa terceira fase é algo que há anos vemos em partes acontecer: diversos favoritos.

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