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Surto Opina - Um Coelho de ouro

Por Marcos Antônio 

Ygor Coelho foi o grande destaque da última semana entre os atletas olímpicos. ele se tornou o primeiro brasileiro a ficar entre os dezesseis melhores em um mundial de badminton. E seu feito se torna ainda maior por ser em um esporte praticamente sem tradição no Brasil e que Ygor vem desbravando e colocando o país no cenário mundial do esporte.

Badminton é um esporte totalmente sem tradição não só no Brasil como em boa parte das Américas. Europeus e asiáticos (principalmente) são os que dominam esse esporte.  Ygor, de apenas 21 anos (!), surgiu graças a um projeto social Miratus, criado por seu pai e que ensina as crianças da comunidade da Chacrinha, na zona oeste do Rio, a jogarem Badminton, e de lá, ganhou o mundo rapidamente. 

Depois de ser o primeiro brasileiro a disputar uma competição olímpica de Badminton nos Jogos Rio 2016, onde perdeu as duas partidas Mas sua participação olímpica tinha objetivo de dar experiência internacional a ele, para estar mais preparado para o próximo ciclo olímpico 

E ele não vem decepcionando e vem em uma evolução assombrosa. Em 2017 ele venceu o campeonato pan-americano - título inédito para o Brasil - e conseguiu ser o número 32 do ranking mundial, melhor posição de um brasileiro. Em 2018, ele repetiu o título pan-americano e no mundial de Badminton, superou seu melhor resultado na competição - segunda rodada - e derrotou um cabeça de chave na terceira rodada para conseguir chegar às oitavas de final. E ele já apareceu entre os 30 melhores do mundo nesse ano e sua atuação no mundial poderá subir Ygor ainda mais de posição no ranking mundial

O desenvolvimento de Ygor é notável, mas ele ainda está a anos luz dos principais nomes da modalidade, que são os asiáticos, que são fortíssimos no esporte.  Mas ele tem ao seu favor sua juventude e sua enorme capacidade de evoluir no esporte.Vendo de longe, o auge técnico de Ygor no esporte está muito longe de ser alcançado e o céu parece ser o limite para o jovem.  Em Tóquio 2020 dificilmente ele lutará por medalhas, mas a aposta é que continue a surpreender e venda caro uma possível eliminação.

Outra aposta que faço é que se Ygor continuar em sua crescente evolução, sem lesões graves e com o investimento financeiro mantido, o fruto mais conhecido da comunidade da Chacrinha poderá ser um dos grandes do badminton e do Brasil nos jogos olímpicos de Paris 2024. E quem sabe ele não continue a desbravar a mares nunca antes navegados no badminton e volte com uma medalha olímpica da cidade francesa daqui a seis anos? Talento Ygor já mostrou que tem.


foto: Divulgação
publicado originalmente no site pop bola esporte clube


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