A Copa Brasil é sempre um encontro de nomes importantes do tênis de
mesa. Em Cuiabá, não poderia ser diferente. Um destes nomes, que
contribuiu decisivamente com o esporte, é o jogador e técnico Alexandre
Silva. Um carioca, de 44 anos e atleta na categoria Veterano 40 da Copa
Brasil. Mas o currículo dele é muito mais extenso. Silva foi um dos
técnicos no início da carreira de um gigante da modalidade, chamado Hugo
Calderano.
Silva treinou Calderano quando ele tinha aproximadamente 13 anos,
quando ainda era atleta no Fluminense. Sob o seu comando, de Ricardo
Cebola e Valesca Maranhão, Hugo venceu, entre outras competições, o
Brasileiro Mirim e o Sul-Americano Estudantil. "Quem foi o primeiro não
importa, é o de menos. Acho que cada um pode contribuir de alguma
maneira para o atleta que ele é hoje", enfatiza.
O técnico recorda muitos dos ensinamentos passados para o jovem atleta:
"Eu era parceiro de treino dele. Mostrava na prática como deveria ser
feito". Silva conta ainda como era perceptível que Calderano era um
atleta ímpar. "Ele já tinha a visão diferenciada. Sempre colocou o tênis
de mesa como prioridade. Além do talento, sempre teve a explosão e a
resistência como fatores importantes", relembra.
E claro, o treinador não deixa de acompanhar o seu aluno pelas
competições ao redor do mundo. Calderano está representando muito bem
todos que o ajudaram em sua formação, estando atualmente em nono lugar
no ranking mundial de tênis de mesa, sendo o único atleta nascido fora
da Europa ou da Ásia a figurar entre os dez primeiros.
Atualmente, Silva continua atuando como técnico. É professor na
Hebraica, clube da Zona Sul do Rio de Janeiro, e dá aulas particulares
para atletas que almejam o alto rendimento, além de dar suporte para
crianças da Associação de Mesa-tenistas e Estudantes do Rio de Janeiro
(AMERJ).
Mesmo com toda a trajetória vitoriosa como técnico, o veterano não
aposentou a raquete e continua participando de competições como atleta
também, mas com uma perspectiva diferente. Recentemente disputou os
Jogos Abertos de São Paulo. "Sempre visando saúde e bem-estar. Quem não é
visto, não é lembrado", avisa.
Em Cuiabá, Silva foi visto inclusive no pódio. Conquistou a medalha de
bronze do Veterano 40, derrotado na semifinal por Marcelo Kotani, por 3 a
2 (11/6, 9/11, 7/11, 11/6 e 8/11). Carlos Eduardo Porto foi o vencedor
da categoria.
Foto: RGB Studios
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