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Daniel Dias afirma que apesar da Rio 2016, o esporte paralímpico ainda sofre preconceito

Maior astro da delegação brasileira no Parapan-Pacífico de natação que está sendo disputado na Austrália, Daniel Dias vive fase de mudanças, reflexões e foco em Tóquio-2020. Em entrevista ao diário 'Lance!' a meta é chegar ao evento com o mesmo fôlego que já o levou a conquistar 24 medalhas em Jogos Paralímpicos na carreira. Pela classe S5, ele está inscrito em sete provas: 50m, 100m e 200m livre, 50m costas, 50m borboleta e dois revezamentos – 4x100m livre, de 34 pontos e 4x50m livre, de 20. 

Daniel vê com preocupação o cenário econômico brasileiro para o desenvolvimento do esporte: "Nunca foi uma luta fácil buscar apoio financeiro. O esporte paralímpico ainda sofre preconceito e muitos ainda não o conhecem. Os Jogos Rio-2016 colaboraram muito para mudar este cenário, mas ainda sim, temos dificuldades a enfrentar neste aspecto. O alto rendimento é muito exigente, demanda um certo investimento para a compra de equipamentos, materiais de treino, suplementos, por exemplo."

Mesmo com o preconceito ainda existindo sobre os esportes paralímpicos, Daniel crê que os Jogos Rio 2016 ajudaram a melhorar um pouco a imagem dos atletas: "O conhecimento sobre esporte paralímpico aumentou um pouco. As pessoas parecem estar mais abertas. Percebo um público maior nos eventos, por exemplo. Para nós, atletas, o legado está sendo literalmente usado. Os equipamentos dos Jogos Rio-2016 estão no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, e fazem toda a diferença no treinamento. É um espaço de alto nível para os atletas."

2018 é um ano de avaliação para Daniel Dias, que mudou de técnico. O Parapan-pacífico é um parâmetro para suas próximas competições futuras, como os jogos paralímpicos de Tóquio 2020,onde espera estar no auge: "Em Tóquio almejo entregar a minha melhor performance. Entro para dar o meu melhor sempre. Quem sabe isso resulta em mais medalhas? É sempre bom, né? (Risos). Ainda não definimos quais provas vou participar. Estou em fase de transição de técnico e este ano de 2018 está servindo para uma melhor análise sobre meu nado, meu estilo de treino e momento da minha carreira.Quero fechar a temporada com uma boa evolução, pois o ano de 2019 é importantíssimo, com os Jogos Parapan-Americanos e o Mundial de Natação, que qualificam para a Paralimpíada de Tóquio-2020 que é, de fato, a maior meta da minha vida no momento." concluiu


foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB

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