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Coluna Surto Mundo Afora #25

Por Bruno Guedes

Softbol

Duas das principais potências do esporte, EUA e Japão fizeram a final do Mundial de Softbol no último dia 12, onde as americanas levaram a melhor por 7 a 6. Com isso, se garantiu nas Olimpíadas de Tóquio 2020. As japonesas já estavam classificadas por serem anfitriãs. Decidido apenas na décima entrada, os países fizeram uma prévia do que pode ser a decisão, também, na disputa pela medalha de ouro daqui a dois anos. O Canadá ficou em terceiro.

O resultado pode ter deixado o Japão com a luz amarela acesa. Os nipônicos apostam nas medalhas em todas as categorias, feminina e masculina, dos softbol e beisebol. Afinal de contas, foi graças à paixão local que os dois voltaram ao calendário olímpico. Porém, há grandes chances de sair para 2024, em Paris, assim como retornar em 2028, em Los Angeles, uma das capitais da beisebola.

O título norte-americano não surpreende. Modalidade irmã do beisebol, o softbol é um dos esportes mais praticados pelas mulheres nos Estados Unidos no Ensino Médio (High School) e na Universidade (College). De acordo com pesquisa nacional de participação esportiva em High School no país, realizada entre 2015 e 2016, há 15.304 escolas com equipes femininas, chegando a 366,685 praticantes. Ao todo, 2 milhões de meninas em todo território. As campeãs mundiais eram formadas por ex-universitárias.

A liga americana profissional de softbol é a National Pro Fastpitch (NPF) e atualmente conta com cinco equipes.

Hóquei na Grama

Já no Mundial Feminino de Hóquei na Grama não houve sufoco ou drama. A favorita Holanda passou por cima de todas as rivais e se sagrou bicampeã. Foi o oitavo título holandês, que também acabou sendo a melhor campanha da História da Copa do Mundo.

De quebra, a Oranje, como é conhecida a seleção, teve a melhor jogadora da competição, Lidewij Welten, e a artilheira do torneio, Kitty van Male com oito gols. A conquista é também uma redenção da técnica Alyson Annan. A australiana, que assumiu a Holanda um ano antes das Olimpíadas Rio 2016, sofreu com as críticas pelo vice-campeonato à época. Com uma equipe repleta de ex-melhores do mundo, caiu diante da Grã Bretanha na final.

Agora, Annan conseguiu desempenhos muito superiores a da geração anterior, marcando 35 gols, apenas 3 sofridos e as quatro primeiras artilheiras da competição sendo holandesas. A média foi de um tento a cada 9 minutos!!!

Como cereja do bolo, a final teve a maior diferença de gols em um jogo valendo medalhas na História das Copas! A marca anterior pertencia as Leonas argentinas, de 2006, que venceram a Espanha por 5 a 0 na disputa de terceiro lugar.

O resultado acaba por ratificar não só a Holanda como franca favorita ao ouro em Tóquio 2020, como também joga luz sobre o futuro da modalidade: há quase 20 anos a Argentina é a principal rival das holandesas. E agora, quem será? As Leonas conseguiram apenas chegar às quartas de finais, como acontecera na Rio 2016. Alemanha, outra que poderia ameaçar, caiu para a Espanha. A Austrália, antiga força do esporte, mostrou crescimento mas ainda longe do nível holandês.

Natação

Após a Era Phelps, a natação americana continua mostrando a sua força. Desta vez vencendo o Pan Pacífico. Ao todo foram 45 medalhas, sendo 20 de ouro, 14 de prata e 11 de bronze. Superam, deste modo, a edição anterior. Em 2014, conquistaram 43 no total.

Além das medalhas, os americanos bateram oito recordes mundiais. Um deles com a "herdeira de Michael Phelps", Katie Ledecky. Katie ganhou cinco medalhas, sendo três de ouro, uma de prata e uma de bronze. A fundista, que tem cinco conquistas olímpicas, é a maior estrela da natação dos EUA atualmente.

O resultado demonstra, também, que os norte-americanos continuam apostando na modalidade como um trampolim para o quadro de medalhas. Além dela, o atletismo é outro campo onde o "Team USA" historicamente brilha.

A Austrália, outra tradicional escola, ficou em segundo no quadro de medalhas, com 29 no total. Anfitrião, o Japão terminou em terceiro e animando as expectativas sobre a sua participação daqui a dois anos.
Foto: WBSC
 

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