O Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB) encerrou a fase de instrução do processo aberto a pedido da Comissão de Atletas para investigar o treinador Marcos Goto e a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). A acusação é de possíveis más condutas éticas no caso dos abusos sexuais relatados por ginastas pelo ex-técnico Fernando de Carvalho Lopes, um escândalo divulgado pelo programa Fantástico, da TV Globo, no fim de abril. Em nota publicada na sexta-feira (20), o Conselho de Ética do COB mantém sigilo sobre a apuração do caso, mas promete anunciar uma decisão, com suas justificativas, até o fim de agosto.
"Ressaltamos que todos os depoimentos prestados pelas partes, oitivas das testemunhas e demais provas produzidas no processo seguirão mantidas em absoluto sigilo" Informou o Conselho de Ética do COB.
Os investigados Marcos Goto, que hoje é coordenador da seleção brasileira, e a CBG tiveram de explicar o motivo pelo qual só agiram sobre denúncias de abuso sexual no clube MESC, de São Bernardo do Campo, depois que o caso foi revelado pelo Fantástico, da TV Globo. Agora os membros do Conselho de Ética do COB vão analisar os depoimentos e julgar de acordo com os parâmetros do código de ética do COB.
Criado após a implantação do novo estatuto do COB, o Conselho de Ética começou seus trabalhos no dia 23 de março. O caso na ginástica artística é o primeiro apurado pelos membros. O relator do caso é o conselheiro presidente Alberto Murray Neto.
Além de Alberto Murray, relator, Caputo Bastos (Ministro do Tribunal Superior do Trabalho), Samy Arap (advogado e ex-presidente da Confederação Brasileira de Rugby), Ney Bello (Desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região e Membro Independente), e Bernardino Santi (Médico que participou de várias delegações olímpicas do Brasil) fazem parte do Conselho de Ética.
foto: Ricardo Bufolin/GBG
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