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Surto de olho na Rússia: Hora da geração belga provar a que veio


Eles prometem desde 2014 quando chegaram ao mundial com a ''geração belga'', cheia de grandes jogadores. Foram até as quartas de final mas não jogaram nem um pouco do que se esperava. Agora a Bélgica vem para sua décima terceira Copa do Mundo e chega como uma das favoritas para a Rússia.

A melhor campanha do país em mundiais foi em 1986, no México, quando alcançaram a semifinal. Naquele ano, a Bélgica sofreu muito na fase de grupos. Perdeu na estreia para o México por 2x1, venceu a Bulgária pelo mesmo placar e empatou com o Paraguai por 2x2, se classificando como um dos melhores terceiros colocados.

Nas oitavas, começou perdendo para a União Soviética com gol de Belanov, empatou o jogo com Scifo e acabou tomando mais um gol de Belanov, mas Ceulemans levou o jogo para a prorrogação. Belanov fez o seu terceiro no jogo, mas a Bélgica marcou com Demol e Claesen, vencendo por 4x3.

Nas quartas, o empate contra a Espanha por 1x1 levou a disputa de pênaltis, onde brilhou a estrela de Plaff ao defender chute de Eloy e classificar os belgas para a semifinal. Só que encontraram pela frente Diego Armando Maradona, que com dois gols, classificou a Argentina para a Final.


Última Copa e Eliminatórias


A tão falada geração belga chegou com status na Copa de 2014, mas novamente fez jogos emocionantes com gols apenas no segundo tempo, acabando vencendo todos os jogos. Na estreia diante da Argélia, saiu perdendo mas virou com Mertens e Fellaini aos 25 e 35 minutos. Contra a Rússia, Origi fez o 1x0 só aos 43 minutos. Vertonghen aos 33' garantiu a vitória contra a Coreia do Sul. 


No mata-mata, Bélgica e Estados Unidos fizeram um dos jogos mais emocionantes no Brasil, com a vitória dos Diabos Vermelhos só saindo na prorrogação. Depois de Tom Howard - que seria eleito melhor jogador da partida - defender tudo pela frente, De Bruyne conseguiu estufar as redes americanas e Lukaku aumentou minutos depois. O gol de Green foi mera formalidade no 2x1.


Depois de chegar aos trancos e barrancos, a Bélgica caiu novamente para a Argentina, com gol de Higuaín logo aos oito minutos de partida.


Quatro anos depois, os belgas chegam com uma das melhores campanhas de todas as eliminatórias, fazendo 28 pontos em dez partidas, tendo o melhor ataque da Europa ao lado da Alemanha com 43 gols e sofrendo apenas seis gols. 

Da primeira à quarta rodada, só goleadas: 3x0 contra Chipre, 4x0 na Bósnia, 6x0 contra Gibraltar e 8x1 na Estônia. Houve ainda no segundo turno um 9x0 diante de Gibraltar, outro 4x0 só que contra o Chipre, encerrando assim as goleadas feitas.


Surto de olho no craque




Os dois melhores jogadores da Bélgica hoje são Eden Hazard e Kevin De Bruyne. Vivem momentos opostos na temporada. Kevin foi um dos destaques do Manchester City campeão inglês, sendo o líder de assistências da temporada com 16 passes para gol. Já Eden ainda tem sua importância no Chelsea, mas assim como o time, foi mediano grande parte da temporada. 


Kevin de Bruyne tem 26 anos e vai para sua segunda Copa do Mundo. O meia vive fase esplêndida pelo Manchester City e se encontra no auge. Revelado pelo Gent em 2008, ficou até 2012 após o Chelsea o contratar, porém acabou não jogando e foi ao Werder Bremen para uma temporada na Alemanha por empréstimo. Retornou ao clube inglês, mas o Wolfsburg o trouxe de volta para terras germânicas. Após boa temporada sendo eleito melhor do campeonato, o Manchester City fez dele o jogador belga mais caro da história e o mais caro da história do clube. O investimento se provou dentro de campo com belas atuações. Conquistou dois títulos nessa temporada com os Citzens, fez 13 gols e deu 20 assistências. 

De Bruyne joga como meio central, volante, pelo lado direito do meio-campo e como armador. Tem ótima qualidade no passe, um jogador com ritmo e leitura de jogo muito bons. Tem como seu favor a bola parada e é muito tático devido a sua capacidade de contribuir defensivamente. É habilidoso, sabendo sair de situações perigosas. Tem tudo para um bom mundial.


Eden Hazard também vai disputar sua segunda Copa do Mundo aos 27 anos. Foi revelado pelo Lille em 2007 e fez história mesmo tão jovem ao conquistar o campeonato francês com a equipe em 2011, sendo eleito melhor jogador do campeonato. No fim da temporada, se transfere para o Chelsea, onde permanece até hoje. Pelo clube londrino já tem cinco títulos e muitos prêmios individuais, sendo constantemente lembrado em times ideais.

Na temporada 2017/2018, Hazard marcou 18 gols e deu sete assistências, sendo o melhor em campo nove vezes. Joga pelo flanco esquerdo, como especialidade ser ponta-de-lança, mas também é armador e centroavante quando necessário. Extremamente rápido, tem um drible muito bom e finaliza muito bem por ser ambidestro. Nas eliminatórias, marcou seis gols e deu cinco assistências. É o camisa dez da seleção.

Time titular




Roberto Martínez tem apenas 44 anos e já tem muita coisa para contar. Fez história ao ganhar com o pequeno Wigan a Copa da Inglaterra em 2013. Após ser rebaixado e deixar o clube, assumiu o Everton até 2016, quando foi contratado pela federação belga para comandar o time na Copa do Mundo. Seu time base deve ter: Courtois, Alderweireld, Kompany, Vertonghen; Meunier, De Bruyne, Witsel, Carrasco; Mertens, Hazard e Lukaku.

Conclusão


A Bélgica tem o melhor time em mãos da sua história. A seleção está quatro anos mais experiente e rodada e isso pode lhe dar uma vantagem em algum momento. O banco também conta com bons nomes, podendo alterar a peça titular sem mudar o estilo de jogo ofensivo. Os belgas são favoritos mas a falta de tradição pode complicar os belgas. Ainda assim, vai ser bem legal acompanhar os Diabos Vermelhos.


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