Morreu nesta sexta-feira(9) a ex-tenista Maria Esther Bueno. Ela tinha 78 anos e tinha se recuperado no ano passado de um câncer na boca, mas após sentir dores meses atrás, descobriu-se que um novo câncer se espalhou pelo o seu corpo. Ela optou por não fazer quimioterapia e vinha fazendo imunoterapia, e estava internada desde maio, com seu quadro agravando na última terça-feira (5), vindo a falecer nesta sexta-feira (8)
Nascida em 11 de outubro de 1939, Maria Esther Bueno é a maior tenista brasileira da história. Com uma agressividade ao rebater a bola além dos padrões da época -onde se usavam raquetes de madeira, venceu sete grand slams no simples- Wimbledon em 59,60, e 64 e US Open em 59,63,64 e 66 - 11 nas duplas - Roland Garros e Australian open em 1960, Wimbledon em 58,60,63,65 e 66 e US Open 60,62.66 e 68 e um nas duplas mistas, em Roland Garros em 1960. No total, ela venceu setenta e um torneios de simples.
Por ter brilhado antes da era aberta do tênis, Maria Esther nunca teve a alcunha de número 1 oficialmente, mas ela foi eleita a melhor tenista do ano em 1959, 1960 e 1964. E em 1960, foi a primeira mulher da história a ganhar os quatro títulos de grand slams nas duplas no mesmo ano. Em 1967, sofreu uma grave contusão no cotovelo e ela nunca mais voltou a ser a atleta dominante de outrora. Encerrou a carreira em 1977, aos 38 anos.
Pelos oito títulos de Wimbledon, Maria Esther tem um camarote com seu nome no complexo de quadras. Em 1978 entrou para o Hall da Fama do tênis, única brasileira a receber essa honraria. Maria Esther Bueno também detém o recorde de final de grand slam mais rápida da história, ao vencer Carole Caldwell em dezenove minutos na decisão do título do US Open de 1964. Também foi a única brasileira a ganhar o prêmio de atleta do ano da Associated Press, em 1959.
Nos últimos anos, foi comentarista de tênis dos canais SporTV e seu nome foi usado para batizar a principal quadra de tênis usada nos jogos rio 2016.
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