Com uma delegação formada por 316 atletas, a sétima em quantidade entre
os 14 países participantes, o Comitê Olímpico do Brasil disse que o país cumpriu os objetivos propostos
pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) nos Jogos Sul-americanos de 2018, que se encerram nesta sexta-feira, dia 8. Na Bolívia, a
delegação brasileira garantiu 62 vagas antecipadas em oito modalidades
para os Jogos Pan-americanos Lima 2019, no Peru: boliche (equipe
masculina), handebol (masculino e feminino), karatê, pentatlo moderno,
rugby (equipe feminina), tiro esportivo, triatlo (Revezamento misto) e luta. Além disso, proporcionou experiência para
uma equipe formada em sua grande maioria por atletas sub-23 no primeiro
evento multiesportivo do ciclo olímpico Tóquio 2020.
Mesmo estando presente em apenas 35 das 48 modalidades em disputa nos
Jogos, o Brasil disputou a liderança do quadro de medalhas lado a lado
com a Colômbia, que competiu com uma delegação experiente e bem mais
numerosa. Em uma definição no último dia de provas, o Brasil ficou em
segundo lugar, com um total de 204 medalhas, sendo 90 de ouro, 58 de
prata e 56 de bronze.
“A avaliação da participação do Brasil é extremamente positiva. O
modelo proposto para a formação da delegação vai passar por um processo
de avaliação interna no retorno ao Brasil, mas a delegação cumpriu com
os objetivos definidos anteriormente com muito êxito”, disse o chefe da
missão brasileira, Marco La Porta. “Mesmo com uma delegação bem enxuta,
formada basicamente por jovens atletas, conseguimos alcançar resultados
muito interessantes, proporcionando que novos nomes surgissem no
processo de maturação até os Jogos Olímpicos de Tóquio”, afirmou La
Porta, vice-presidente do COB.
O Brasil liderou o quadro de medalhas específico de várias
modalidades, como no atletismo (25 medalhas), ginástica artística (21),
judô (14), natação (31), tênis de mesa (8), entre outras. Além disso,
Cochabamba 2018 apresentou jovens atletas, como a maior medalhista dos
Jogos, Gabrielle Roncatto, de apenas 19 anos.
A nadadora paulista Gabrielle Roncatto conquistou cinco medalhas, sendo
quatro de ouro e uma de prata. Gabrielle venceu os 200m livre, os 200m e
400m medley, e o revezamento 4x200m livre; ficando com a prata nos 400m
livre. “Eu não esperava todas essas conquistas porque a equipe de
natação não fez um trabalho específico para essa competição. Estou muito
feliz com os meus resultados”, disse Roncatto, elogiando a nova geração
da natação brasileira que começou a aparecer em Cochabamba. “Eles são
muito talentosos e dedicados. Eu treino com a equipe principal e vejo
que essa garotada está vindo com tudo. Treinam muito, aquecem fora dá
água e se preocupam com alimentação. Eles vão fazer muito pela natação
do Brasil em Tóquio 2020 e Paris 2024”, disse a atleta, única da equipe
que disputou os Jogos Olímpicos Rio 2016.
Além de Roncatto, na liderança, o Brasil teve seis atletas entre
os dez maiores medalhistas dos Jogos: Natália Gáudio (ginástica
rítmica), Bruna Takahashi (tênis de mesa), e Ana Carolina Vieira
(natação) empatadas em segundo com quatro ouros; Rafaela Raurich
(natação) e Flávia Saraiva (ginástica artística) ficaram em oitavo, com
três de ouro e uma de prata; e Vitor Iishiy (tênis de mesa) em décimo
com três de ouro e uma de bronze.
Apesar de formada por uma maioria de atletas jovens, a delegação
brasileira foi composta também por alguns destaques do cenário
internacional, entre eles medalhistas olímpicos como Arthur Zanetti
(ginástica artística), Isaquias Queiroz e Erlon Souza (canoagem) e
Maicon Andrade (taekwondo), Rosângela Santos (atletismo) e campeões
mundiais como Douglas Brose (karatê) e Deonise Fachinello (handebol),
entre outros.
“Procuramos mesclar a experiência de alguns atletas nas modalidades que
buscavam a vaga para o Pan com a juventude de atletas de talento, mas
que ainda precisam de vivência em competições internacionais e
multiesportivas. O modelo foi muito válido e eu estou muito satisfeito
com a dedicação dessa jovem geração que defendeu as cores do Brasil com
muita garra e determinação, além de talento”, disse Marco La Porta, em
sua primeira chefia de missão.
Abaixo segue a lista dos esportes já classificados para os Jogos Pan-Americanos de 2019:
Boliche: Equipe masculina (2 vagas)Handebol: Equipe feminina (15 vagas) e Equipe masculina (15 vagas)
Karatê: 7 vagas
Lutas: 3 vagas
Pentatlo moderno: 2 vagas
Rugby: Equipe feminina (12 vagas)
Tiro Esportivo: 2 vagas
Foto: Exemplus COB
0 Comentários