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Atletas são afastadas da seleção brasileira após denúncia de abuso sexual no basquete em cadeira de rodas

As atletas Lia Martins, Denise Eusébio e Geisa Vieira foram afastadas pela Confederação Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas (CBBC) após terem sido denunciadas por uma companheira de equipe de praticado um suposto abuso sexual.

O incidente teria acontecido em fevereiro de 2017, mas apenas este ano foi relatado pela vitima. O afastamento foi feito por oficio assinado pelo presidente da entidade, Valdir Soares de Moura, em 4 de maio deste ano.

Ao site Globoesporte.com Moura disse que: "A sanção está mantida à espera do desenrolar das apurações."

"E a depender do resultado de investigações elaspoderão ou não voltar a defender a seleção no futuro", completou Moura.

No documento, a confederação também anunciou que elas estavam fora do período de treinos com a seleção para o Mundial da modalidade, que será realizado em agosto na Alemanha.

O caso aconteceu após um treino no alojamento da equipe Gladiadoras/Gaadin (Grupo de Ajuda dos Amigos Deficientes ."de Indaiatuba), baseado na cidade de Indaiatuba, no interior de São Paulo. Segundo a vítima, que prefere não se identificar neste momento, as três atletas afastadas pela CBBC - Lia, Geisa e Denise - usaram um pênis de borracha para abusá-la sexualmente. Ela teria sido retirada de sua cadeira de rodas contra a sua vontade e, já no chão, teve suas roupas íntimas abaixadas à força. A então coordenadora do time, Gracielle Silva, também aparece segurando a vítima no chão em fotos que circularam em grupos de Whatsapp e às quais o site Globoesporte.com teve acesso. Gracielle cometeu suicídio no último dia 29 de maio. 

A vítima, que começou a jogar basquete em cadeira de rodas há quatro anos, abandonou a equipe de Indaiatuba somente neste ano, e não prestou queixa por temor de represália.

Lia é um dos grandes destaques do esporte no Brasil, esteve presente em Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016, onde a seleção terminou em 7º lugar, melhor participação da história. Também ganhou o Prêmio Brasil Paralímpico em 2011, 2012 e 2015, a jogadora já foi campeã sul-americana, das Américas e medalha de bronze nos Parapans de Guadalajara e Toronto.

Mizael Coutinho, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) falou sobre o caso e disse que: "Isso é um caso que entristece o movimento paralímpico. O CPB tem um código de conduta que repele esse tipo de comportamento, estabelece regras e pune. A confederação, que é fliada ao comitê, já afastou as atletas por tempo indeterminado e nós temos total interesse na finalização desse caso com a punição dos culpados, de modo que isso jamais se repita dentro do esporte paralímpico. Eu acho que se for provada a culpa das atletas, a punição tem de ser exemplar, e elas seriam banidas do esporte."

Com informações do: Globoesporte.com
Foto: André Durão



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